Andrea Bocelli relembrou o episódio que o fez perder a visão durante sua adolescência. O tenor italiano, que nasceu com glaucoma, conseguiu enxergar parcialmente até os 12 anos, quando sofreu um acidente em um jogo de futebol. No documentário Andrea Bocelli: Because I Believe, o cantor detalhou como perdeu a visão.
“Quando era criança, era considerado extremamente míope. Conseguia enxergar, mas só muito de perto. Eu me lembro muito bem do mundo que via, as cores e tudo mais. Como poderia me esquecer dessas memórias?”, disse ele. Aos 3 anos, Andrea Bocelli já havia passado por 13 cirurgias na tentativa de corrigir o glaucoma. Durante a infância, enfrentou dificuldades devido à deficiência e, aos sete anos, precisou estudar em um internato para crianças com problemas de visão, já que nenhuma escola tradicional o aceitava.
Foi nessa instituição que o tenor perdeu a visão, aos 12 anos. O artista recorda que estava jogando futebol com os amigos na posição de goleiro quando foi atingido por uma bola no rosto, resultando em cegueira permanente. “Um dia jogando futebol, eu era o goleiro. Não tenho ideia do porquê, nunca tinha jogado no gol antes. E nunca mais poderia ser o goleiro de novo. A bola me acertou bem no rosto. Daquela bolada, veio uma hemorragia, e o resto é história”, finaliza Andrea Bocelli.
Carreira musical
Andrea Bocelli iniciou a carreira musical com apresentações modestas em bares e casas noturnas, cantando ao piano. Sua trajetória mudou em mil novecentos e noventa e dois, quando participou de audições promovidas pelo astro do rock italiano Zucchero Fornaciari, que procurava um tenor para dividir os vocais na canção Miserere.
A gravação do cantor impressionou o tenor Luciano Pavarotti, que pediu a Fornaciari para escolher Bocelli como parceiro. Embora Pavarotti tenha gravado a música com Zucchero, Bocelli acompanhou Fornaciari em sua turnê pela Europa, cantando em dueto com ele e se apresentando sozinho em todos os shows. A carreira de Andrea Bocelli se consolidou mundialmente nos anos seguintes. Em mil novecentos e noventa e cinco, ele venceu novamente o Festival de San Remo com a icônica canção Con te partirò.