Taís Araujo entregou que fez as pazes com a personagem Helena de Viver a Vida (2009), 15 anos depois da estreia da novela na TV Globo. A atriz, que foi a protagonista da trama de Manoel Carlos, foi duramente rejeitada pelo público e acabou ofuscada por outros personagens. Apesar de ter enxergado o papel como um grande pesadelo em sua carreira, a artista passou a notar sua importância na teledramaturgia agora que a produção está sendo reprisada pelo canal Viva.
“A novela voltou, e vi vocês assistindo e comentando… Eu já falei tanto dessa personagem, mas conforme os anos foram passando, eu fui ressignificando a presença dela na minha vida. Tudo o que eu achava dela antes, eu não acho hoje. Hoje, eu acho que ela me fez ser a mulher que eu sou. Então, pra você, Helena, minha declaração de amor”, escreveu ela na legenda de um vídeo publicado no Instagram.
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No vídeo, a famosa conversa com sua própria personagem. “Oi, Helena, fiquei com uma vontade danada de falar com você. A novela voltou ao ar e com ela, você, que nunca saiu de mim…. Você voltou a brilhar. Esse desejo de falar diretamente pra você está latente em mim faz tempo. Desde que consegui entender o quanto te interpretar foi fundamental na minha construção. Você me ensinou tantas coisas”, disse a atriz.
Taís Araujo continuou sua mensagem afirmando que começou a perceber que seu trabalho foi muito bem feito, ao contrário do que acreditava no passado. “Quando eu me vejo na telinha, agora, inclusive, eu percebo que eu estava atuando muito bem, tá? Não tinha nada de errado comigo”, pontuou. Ela ainda reforçou que fazer o trabalhou foi difícil até para sua vida pessoa, já que estava separada de Lázaro Ramos, e foi justamente durante as gravações que os dois se reconciliaram e tiveram dois filhos.
A atriz pontuou que a novela foi ao ar em um momento em que os preconceitos eram ainda mais escancarados. “Foi junto de você que o nosso cabelo crespo, que nunca ganhava espaço na televisão, virou moda”, declarou. “Eu acho que o Brasil de 15 anos atrás não estava pronto pra uma mulher como você. Uma mulher independente, livre, forte, rica e negra. Era demais pra um país que anos depois se revelou, sem pudor nenhum, misógino, racista, machista, classista, homofóbico, transfóbico”, desabafou.