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ROQUE SANTEIRO

Canal Viva escolhe clássico da dramaturgia para substituir A Viagem

A trama estrelada por Lima Duarte irá ao ar em homenagem ao autor Dias Gomes, que morreu há 25 anos

Imagem de Regina Duarte e Lima Duarte em Roque Santeiro, que irá ao ar no canal Viva
Regina Duarte e Lima Duarte estrelaram a novela Roque Santeiro, que será reapresentada no Viva (foto: Reprodução/Globo)

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Um dos maiores clássicos da teledramaturgia brasileira, a novela Roque Santeiro foi escolhida pelo canal Viva para substituir a reprise de A Viagem, a partir do dia 4 de novembro. De acordo com a coluna Play, do jornal O Globo, o título, exibido originalmente em 1985, foi escolhido pela emissora para ir ao ar em celebração ao autor Dias Gomes, que morreu há 25 anos. A trama também foi escrita por Aguinaldo Silva.

A história, que é uma sátira atemporal à exploração política e comercial da fé popular, entrou para a história das novelas com os acontecimentos da cidade fictícia de Asa Branca. Lá, os moradores vivem em função dos supostos milagres de Roque Santeiro (José Wilker), um coroinha e artesão de santos de barro que teria morrido como mártir ao defender a cidade do bandido Navalhada (Oswaldo Loureiro).

O falso santo, porém, reaparece em carne e osso alguns anos depois na história que será reapresentada no canal Viva, ameaçando o poder e a riqueza das autoridades locais. Entre os que se sentem ameaçados com a volta de Roque, que trama que está de volta no Canal Viva, estão o conservador padre Hipólito (Paulo Gracindo), o prefeito Florindo Abelha (Ary Fontoura), o comerciante Zé das Medalhas (Armando Bógus) e o temido fazendeiro Sinhozinho Malta (Lima Duarte), amante da pretensa viúva do santo, a fogosa Porcina (Regina Duarte).

“A novela foi um sucesso e um divisor de águas. Ela era um microcosmos do nosso país, por isso o espectador se identifica. Eu gosto de me ver e pretendo assistir à novela toda”, comentou Lima Duarte. Ele ainda destaca como surgiu um dos gestos mais emblemáticos do personagem: o chacoalhar das pulseiras de ouro seguido do inesquecível bordão “tô certo ou tô errado?”. “Isso tudo precisava que estivesse bem fundamentado na psicologia do personagem”, conta.

“O Sinhozinho era vaidoso, vestia camisa de seda, estava sempre de peruca porque não suportava calvície e usava muito ouro. Ao gravar, eu gesticulava muito e numa cena que era quase um monólogo, eu acabei sacudindo a mão forte e interferiu na captação do áudio. Fez muito barulho das pulseiras e eu sugeri incorporar esse som. Assim, de forma despretensiosa, surgiu essa mania de sacudir as pulseiras e mostrar o ouro junto do jargão do personagem”, relembra.

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