Antonio Fagundes expressou suas opiniões sobre a inclusão de influenciadores digitais em novelas e filmes brasileiros. O veterano destacou que não deve haver preconceito contra profissionais de áreas diferentes, desde que tenham habilidade e relembrou que há alguns anos, os papéis eram de modelos.
“Na minha época, não eram influencers. Eram modelos, né? E surgiu um preconceito contra os modelos. Depois surgiu um preconceito contra os BBBs, né? Agora o preconceito contra o influencer. Honestamente, eu digo a você, eu não tenho o menor problema com isso. Até porque o Paulo Autran (1922-2007) era advogado. Então, a gente não pode ter preconceito”, disse.
O ator pontuou que o mercado precisa resolver se aquele influenciador deve continuar ou não na atuação. “A gente tem que deixar o mercado resolver, e o mercado vai resolver. Se o influencer for bom, ele vai continuar como ator. Se o influencer não for bom, volta para a influência”, afirmou em conversa com o Roda Viva, da TV Cultura.
Antonio Fagundes também comentou sobre a responsabilidade das empresas em escalar influenciadores sem experiência para papéis importantes. “Mas aí se uma empresa é burra o suficiente para dar um papel de destaque para uma pessoa que não tem experiência, ela que pague por isso”, declarou o veterano.
A opinião do artista veterano vai na contramão de Alice Braga. A atriz criticou a tendência de trazer influenciadores para o audiovisual. Ela expressou insatisfação com a prática de transformar atores em influenciadores e a escolha de diretores por pessoas com muitos seguidores nas redes sociais. “Eu fico revoltada”, declarou. “Você bota os atores para ficar desesperadamente [tentando] virar influenciador, para poder ter seguidor, para conseguir realizar o sonho de trabalhar como ator. E outra que você tira a possibilidade de atores incríveis serem descobertos, porque eles não têm seguidor”, argumentou.