Leandro Stoliar, que atuou na Record por 15 anos, falou sobre a demissão da emissora pela primeira vez. O jornalista revelou que a emissora justificou sua saída devido a dificuldades financeiras e seu alto salário. Apesar disso, ele afirmou ter sido tratado com respeito e carinho por seus superiores.
Durante sua trajetória na emissora, Leandro Stoliar desempenhou papéis importantes, como âncora substituto de Celso Freitas no Jornal da Record, além de realizar coberturas nos cinco continentes. “Alegaram uma crise financeira e que eu tinha alto salário. Mas fui muito respeitado e me trataram com muito carinho. Foram 15 anos de um jornalismo com ética, comprometido e combativo”, disse ele em conversa com o Audiência Carioca.
“Cobri reportagens nos cinco continentes, ganhei prêmios, fui preso em outro país e estive na guerra. Além de ser apresentador do principal jornal da casa. Mas a vida é assim. Ciclos sempre tem um fim. Em breve eu estou de volta”, sinalizou o ex-repórter da Record.
Em 2017, Leandro Stoliar foi para a Venezuela investigar uma denúncia de corrupção. Durante a pesquisa para a reportagem da Record, o comunicador foi preso e tratado como terrorista. “Levei os dois primeiros anos para tomar coragem de escrever, pois não queria reviver o que a gente tinha passado lá. A gente sabe que viver em detalhes aquilo podia trazer traumas que já tinha esquecido ou que estava tentando esquecer”, relembrou em conversa com o Notícias da TV.
O jornalista estava acompanhado do repórter cinematográfico Gilson Fredy. Os dois ficaram cerca de 30 horas presos pelos agentes do Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional. “Achávamos que não íamos voltar para casa. O momento mais tenso foi quando fomos transferidos algemados da prisão em Maracaibo para Caracas [capital do país]”, contou. “Um dos agentes falou que ia me jogar do avião se não parasse de falar, pois ficava o tempo todo tentando convencer que a gente estava fazendo jornalismo. Como estava do lado da porta, não tinha para onde ir”, detalhou.