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NADER KHALIL

Record escolhe repórter preso por ofender delegada para apresentar Cidade Alerta

Nader Khalil no estúdio do Cidade Alerta, da RIC Record
Nader Khalil foi promovido e virou âncora do Cidade Alerta (foto: Reprodução/RIC Record)

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O jornalista Nader Khalil foi promovido pela RIC Record. Pouco mais de seis anos depois de ter ido parar na cadeia por chamar uma delegada de “vagabunda” em Santa Catarina, ele foi transferido para Maringá e irá virar âncora da edição regional do Cidade Alerta a partir da próxima quarta-feira (13). Depois da confusão que terminou com a sua prisão, o apresentador chegou a deixar o Brasil para atuar em canais virtuais dos Estados Unidos e só voltou para o país há dois anos, para ser repórter da afiliada curitibana da Record. “Que as pessoas saibam: a minha mudança para Maringá não é passageira”, pontuou o comunicador.

Antes de ser preso, Khalil era um dos jornalistas mais respeitados de Santa Catarina. Ele trabalhou na RBS TV (atual NSC, parceira da Globo) durante sete anos, entre 1997 e 2004, até que aceitou um convite da Rede SC (atual NDTV, afiliada da Record) para ser repórter e apresentador. Ficou na emissora até 2015, ano em que foi para a Band local e virou âncora do Brasil Urgente SC, que chegou a ter sua estreia suspensa pela prisão do apresentador. Ele não durou muito na emissora e, sem êxito em se realocar no mercado local, decidiu se arriscar na Flórida, nos Estados Unidos.

Depois de três anos vivendo no exterior, o jornalista voltou para o Brasil e passou a atuar no Paraná, como repórter e apresentador substituto dos telejornais locais da RIC Record em Curitiba. A sua transferência para o interior é parte da movimentação da emissora de proibir a superexposição de seus âncoras regionais: desde o ano passado, a direção do canal proibiu os apresentadores de fazerem dupla jornada na televisão. Até então, as versões regionais do Cidade Alerta e do Balanço Geral tinham os mesmos âncoras em Londrina, Cascavel e Maringá.

“As minhas expectativas são as melhores, afinal, suceder um apresentador tão popular na cidade, líder de audiência na região, faz crescer o meu compromisso em realizar um bom trabalho. Durante todos esses anos, o Salsicha, com muito respeito ao telespectador, ganhou confiança e credibilidade, principalmente  por se pautar de forma ética e comprometida com a verdade. São esses princípios que levo comigo para Maringá”, pontuou Nader Khalil.

Relembre a prisão do apresentador

Nader Khalil foi preso em 14 de março de 2015, em Santa Catarina, após se envolver em uma briga com uma delegada em uma festa na praia de Jurerê Internacional. Nas imagens da discussão, que se espalharam rapidamente pelas redes sociais, a policial afirma ter sido chamada de “vagabunda” pelo então âncora da Band e decide lhe dar voz de prisão, o segurando pela camiseta para que ele não fugisse do local, conforme noticiado por O Globo no dia seguinte. 

“Minha amiga parou e perguntou a um pedestre onde ficava o lugar para o qual iríamos, sem saber que era o Khalil. Ele virou as costas, olhou para mim e falou: ‘Não dê informação para essa vagabunda!’. Ele me arrastou e chegou a me empurrar na rua. O video foi feito em um segundo momento. Depois ele me jogou no chão. Estou com o tornozelo torcido, o ligamento rompido e escoriações no braço”, revelou Jucinês Dilcinéia Ferreira, delegada da comarca de Capivari de Baixo, cidade do interior de Santa Catarina, em entrevista concedida na época do fato.

De acordo com Jucinês, ele fugiu do local mesmo tendo sido rendido por ela. Diante disso, a delegada ligou para a Polícia Militar da região, que conseguiu capturar o apresentador do Cidade Alerta Maringá pouco depois — ele estava escondido atrás de uma moita. O contratado da Record foi levado para a sede da polícia local, em que foi lavrado um Boletim de Ocorrência pelo crime de resistência à prisão.

Por fim, a delegada afirma que Nader Khalil já a conhecia por conta de um relacionamento com uma amiga em comum, que havia terminado quatro meses antes. A policial pontuou que tentou conter o jornalista com uma chave de braço após ter dado voz de prisão, mas que não conseguiu e que, por isso, decidiu agarrá-lo pela camiseta. “Ele dizia: ‘Eu sou Nader Khalil e quero ver quem pode me prender'”, recorda.

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