Daniela Beyruti admitiu ter ficado magoada com a Record em meio à saída de Gugu Liberato (1959-2019) do SBT em 2009, depois de 28 anos no canal. Na série documental Gugu, Toninho e Augusto, disponibilizada no +SBT, a filha de Silvio Santos (1930-2024) afirmou que ficou incomodada com a proposta da concorrência e ainda avaliou o salário de R$ 3 milhões mensais oferecido pela emissora de Edir Macedo como “indecente”.
“A proposta da Record foi indecente, eu sei que meu pai tentou cobrir”, disse a presidente do SBT na produção. “Esse momento eu lembro bem. Porque foi doído. A gente se sentiu meio que traído. Eu sei que ia onerar demais o SBT na época, então eu me lembro que foi uma coisa bem confusa e complicada”, continuou.
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Daniela Beyruti declarou que, apesar de não ter conseguido segurar Gugu Liberato, Silvio Santos sinalizou que as portas estariam abertas para o pupilo. “A gente não queria perder e, ao mesmo tempo, meu pai queria que a pessoa fosse feliz: ‘Se essa é a oportunidade da sua vida, vai. Eu não tenho como te pagar isso'”, detalhou.
O documentário explica que Gugu foi atraído por uma proposta interessante na época de sua contratação pela Record. Além do alto salário, o comunicador receberia um grande investimento em seu programa. Silvio Santos teria ficado tão chateado com a emissora concorrente que fez uma série de contratações. “Ele retalhou a Record, trazendo um monte de artistas de lá para o SBT. Nessa época, ele trouxe Eliana, Roberto Justus, Tiago Santiago, que tinha escrito as novelas de maior audiência da Record nesse contra-ataque”, revelou Guilherme Stoliar, ex-presidente do Grupo Silvio Santos.
“Isso foi bom e ruim”, acrescentou Daniela Beyruti. “Foi bom trazer as novidades para o SBT, mas foi ruim porque foi uma questão de disputa. Você tirou algo que era muito precioso meu, então eu preciso contra-atacar para ter uma novidade na minha grade. Eu me lembro disso como um momento que não foi bom para o SBT”, concluiu a executiva.