Demitido pela RPC, afiliada da Globo no Paraná, Wilson Kirsche usou as redes sociais para se manifestar publicamente do desligamento da empresa. O comunicador relatou que a prática de demitir em dezembro é tradicional dentro da emissora.
“Não dá para alegar surpresa. Havia um climão e dezembro é o mês em que, tradicionalmente, a firma sempre chacoalha o cajueiro. Não falha um. E, dessa vez, quem caiu fui eu. Entre idas e vindas, foram 28 anos na RPC. Nesse tempo gravei reportagens para todos os programas e telejornais da Globo”, detalhou.
O jornalista era conhecido como um dos repórteres mais experientes da afiliada da Globo e não são poucos os elogios de colegas sobre o “melhor texto”. Ele foi de matérias para o Jornal Nacional a âncora substituto do Boa Noite Paraná, telejornal equivalente ao SP2. “Trabalhando, percorri 20 estados. Cobri ainda crises (Paraguai e Argentina), quarteladas (Paraguai e Bolívia) e cúpulas de chefes de Estado (Colômbia, Paraguai e Argentina). Ganhei prêmios e muitos amigos”, pontuou.
“Não é pouco para minha história, quase uma impossibilidade estatística (sem autopiedade): garoto do interior, egresso de escola pública, filho do meio de pais de pouca leitura. Mas foi com o esforço e incentivo deles que me formei em jornalismo pela UEL (Universidade Estadual de Londrina) e o restante desse ‘causo’ muitos de vocês puderam acompanhar”, sinalizou.
Conhecido também pela elegância que apenas um jornalista experiente teria, Wilson Kirsche não detalhou o motivo da saída da RPC, mas destacou alguns chavões utilizados para os cortes. “Se você chegou até aqui, clique na tela ‘pular’ para saber ‘os motivos’. Os reais nunca são revelados, e os que são ditos vêm com o disfarce do blablablá corporativo. A essa altura, pouco importa também. Saio sem rancores nem remorso, orgulhoso da carreira que construí com a ajuda e orientação de muitos colegas. A eles, minha gratidão. Foi uma jornada incrível!”, concluiu.