Tatá Werneck foi acusada de assédio moral por Gabriel Muller, que trabalhava como assistente de direção do Lady Night. O rapaz fez uma publicação em um perfil privado nas redes sociais e expos que o clima nos bastidores da atração era “um horror”. Desligado do Multishow neste ano, o profissional afirmou que já recebeu acusações infundadas e declarou que todos os funcionários que passam pela atração saem com problemas em relação à humorista.
De acordo com a coluna de Fábia Oliveira, do Metrópoles, o ex-funcionário contou que precisou passar por terapia para lidar com o trauma de trabalhar com Tatá Werneck. “Seis temporadas de horror. A última temporada a pior, sendo acusado por algo que não fiz, ficando desempregado. Todos que passam pelo Lady [Night] saem com problemas com a apresentadora”, declarou. “São incontáveis os assédios que toda temporada a equipe passa. Tenho vergonha de ter ficado tanto tempo em um lugar desses. Eu aceitei, e hoje pago o preço, a terapia, para lidar com as dores e problemas causados por tantas situações absurdas vividas. Que venha 2025”, concluiu.
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Na publicação da colunista no Instagram, integrantes da equipe do Lady Night saíram em defesa da apresentadora. O ator Marco Gonçalves, que faz parte do quadro de improvisações do programa, protegeu a humorista. “É simplesmente a experiência contrária a de todo o resto da equipe. Temos um projeto mega difícil de fazer e que dá um trabalho que as pessoas nem imaginam. Eu fiquei doente na última temporada e por duas semanas a Tatá mandou equipe médica dela pra cuidar de mim sem nenhum tipo de pressão pra eu voltar antes de estar curado. Os processos de trabalho passam todos por ela e a pessoa que mais trabalha sem dúvidas é ela”, escreveu.
“Somos tratados com respeito real. Estou no projeto desde a primeira temporada. É claro que tem pressão, é claro que já nos frustramos mas nunca fomos tratados de forma desleal ou desrespeitosa. Lamento muito que uma matéria como essa aconteça.. o sucesso que chega no público é fruto de trabalho duro. A Tatá é uma pessoa muito generosa e cuidadosa.. é maluca? Claro que é mas defende toda a equipe dela sempre que somos colocados na berlinda. Enfim, tá dito”, concluiu.
Roteirista do Lady Night, João Marcos Rodrigues também relatou sua experiência. “Olha, trabalho com a Tatá há quase dez anos. Comecei como assistente, virei roteirista e hoje sou um dos coordenadores de roteiro do projeto e ao longo da minha trajetória minha experiência foi o oposto de ‘horror’. Pelo contrário, em todas as etapas tive o apoio da Tatá que apostou em mim e no meu crescimento. É um ambiente exigente e de pressão? É! Mas sobretudo pelo resultado que nos cobramos e do que queremos entregar baseado na expectativa do público e o que entendemos estar a altura. A Tatá é uma artista que demanda pois sabe a entrega que esperam dela e que quer a todo momento entregar o máximo. Enfim, é lamentável reduzir um ambiente criativo e vivaz dessa forma”, afirmou.
Também roteirista, Guilherme Tomé relembrou situações com Tatá Werneck.” Já fiz 3 temporadas do Lady, incluindo a última que a gente chegou de vez na Globo, o que melhorou tudo, principalmente em como fui tratado. Claro que fazer 30 programas numa pernada só não é fácil e o Lady é um programa planejado pra ser errático. Eu já ri e me emocionei muito ali, vendo na TV e também fazendo a coisa do lado da Tatá, única apresentadora ou apresentador que acompanha 100% todas as etapas do seu projeto. Mas nunca por causa de algum limite ultrapassado e como o Gabriel no seu desabafo parece falar pela equipe toda, fica aqui minha experiência oposta. Independente das dificuldades de cada temporada (teve uma que a Tata estava grávida, irmão) no final foi sempre a sensação de vitória em equipe”, declarou.
Victor Frad, assistente de direção do programa, deu sua opinião sobre a acusação contra a comediante. “Assino assistência de direção do Lady Night desde a primeira temporada e há algumas divido o cargo justamente com a pessoa reclamante. Acho uma pena esse caminho que ele escolheu. Não condiz com a realidade, não faz jus ao sentimento da equipe, não reflete nossos bastidores, tão pouco a relação que construímos ao longo de quase uma década. Nos apoiamos, nos ajudamos, nos puxamos pra cima, somos exigentes uns com os outros, mas sempre há amor. Somos como uma família e lutamos muito pro projeto alcançar o sucesso que alcança. Essa fala solta é injusta com nossa história, mas principalmente com a Tatá que, ao contrário, sempre se disponibiliza para ajudar qualquer um da equipe que precise de ajuda sobre qualquer assunto”, lamentou.
