Gilberto Gil falou pela primeira vez sobre sua última turnê da carreira, intitulada Tempo Rei, que iniciará em março. O cantor, de 82 anos, contou que passou a ter limitações físicas com o passar do tempo e entendeu que chegou o momento de se preservar. “Há o reconhecimento de um desgaste natural, do físico, do corpo, mas da mente também. Tem uma hora que cansa”, declarou ele em entrevista ao Conversa com Bial, da TV Globo, que foi ao ar nesta sexta-feira (13).
O artista comentou que ainda pretende subir aos palcos, mas não da maneira como funciona em grandes turnês. “Quero ter um descanso desse tipo de coisa. Agora, eventualmente, vou continuar subindo no palco vez ou outra”, explicou. O artista contou que gosta de estar na estrada, mas acompanhado dos filhos e netos. Ele entregou que adora viajar de ônibus e trem pela Europa, e em sua última turnê teve a companhia de netos, noras, genros e agregados.
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Também no programa de Pedro Bial, Gilberto Gil relembrou momentos especiais da infância em Ituaçu, no interior da Bahia. “Em frente à fogueira de São João em Ituaçu, com cinco ou seis anos de idade, ouvindo as músicas dos violeiros, o cheiro de casca de laranja seca que a gente colocava na fogueira para estimular o fogo. Depois que a gente já tinha dançado a festa toda, assava milho e batata-doce na brasa que sobrava da fogueira”, lembrou.
“A música veio para mim aos dois, três anos de idade. Era batucada na mesa depois do jantar, na velha mesa de madeira. Tudo aquilo vinha naturalmente. Agora, o falar das coisas, isso foi aprendizado. Foi ouvindo Gonzaga falando dos boiadeiros. Aprendi muito com Caetano quando o conheci, aprendi muito com Chico, Vinícius, Caymmi e tantos outros”, finalizou.