Ludmilla expressou sua decepção depois da decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) de absolver o apresentador Marcão do Povo, do SBT, das acusações de injúria racial. Em 2017, enquanto apresentava o programa Balanço Geral, da Record em Brasília, o comunicador referiu-se à artista como pobre macaca, gerando indignação nas redes sociais.
Seis anos depois, o STJ reavaliou o recurso de Marcão do Povo e decidiu por sua absolvição, revertendo a condenação anterior que incluía uma indenização de R$ 30 mil e uma pena de um ano e quatro meses de prisão em regime aberto.
Em resposta à decisão, Ludmilla afirmou que seus advogados irão recorrer. “Muito obrigada pelo apoio e carinho de todos. Meus advogados vão recorrer dessa decisão, e eu jamais desistirei dessa luta”, declarou a cantora nas redes sociais. Os advogados Rafael Vieites, Felipe Rei e Bernardo Braga se posicionaram publicamente. “A defesa da Ludmilla informa que vai recorrer da decisão e confia que o colegiado do STJ, tribunal da cidadania, reverterá a decisão, julgando a conduta do acusado criminosa e preconceituosa, impedindo, assim, um imenso retrocesso para a luta contra o racismo no país”, informaram.
A decisão do STJ, assinada pela ministra Daniela Teixeira, foi fundamentada na alegação de que a prova principal era um vídeo editado, indicando “falha na sentença”. O advogado Daniel Bialski, responsável pela defesa de Marcão do Povo, disse que seu cliente “não cometeu qualquer ilicitude”. “A brilhante decisão proferida reflete a realidade dos fatos. Nosso cliente não cometeu qualquer ilicitude e já a instância primária já havia assim reconhecido, o absolvendo. E isso foi agora restabelecido pela recente decisão do STJ”, afirmou ao g1.
