Ney Latorraca (1944-2024) morreu nesta quinta-feira (26), vítima de uma sepse pulmonar. Casado com Edi Botelho por quase 30 anos, o ator deixou toda a sua herança para organizações de apoio a tratamentos de doenças e também de ajuda a colegas em idade avançada, como o Retiro dos Artistas. O veterano era dono de grandes imóveis luxuosos no Rio de Janeiro e passou a investir nesse tipo de empreendimento assim que passou a ganhar um bom dinheiro, nos anos 1980.
De acordo com o portal F5, da Folha de S.Paulo, o artista de O Beijo do Vampiro (2003) morava em um dos “maestros”, como são conhecidos os quatro prédios com nomes de regentes localizados na região da Lagoa, no maior luxo da zona sul do Rio de Janeiro. Ele colocou em testamento que doaria o imóvel, além dos outros três que possuía em seu nome: um em São Paulo, “pertinho do prédio do FHC), outro no Jardim Botânico, na zona sul do Rio, e outro na rua Rainha Elisabeth, entre Copacabana e Ipanema.
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Em entrevista à revista Veja Rio em 2020, Ney Latorraca disse que investiu em imóveis para ter segurança financeira na velhice. “Adoro pagar uma conta em dia, é coisa de filho de gente pobre. Eu já fui bem pobre e só comecei a ganhar dinheiro mesmo nos anos 80, com a peça Irma Vap”, declarou ele.
Sobre as doações, Ney Latorraca traçou muito bem o que era para ser feito com o dinheiro da venda dos apartamentos. “Botei no meu testamento que vou doar os quatro. Um vai para a ABBR (Associação Brasileira Beneficente de Reabilitação), o outro para o Retiro dos Artistas. Os outros dois, um fica para o Grupo de Apoio às Crianças com AIDS, de Santos, e mais um para um grupo dedicado às vítimas da hanseníase. Está tudo no meu testamento. Fiz questão”, concluiu.