Mocita Fagundes, nora da atriz Glória Menezes, de 90 anos, revelou que a veterana teve uma reação surpreendente quando descobriu que o neto, Theo, é um homem transgênero. A mulher usou as redes sociais para relatar que a atriz nunca errou os pronomes do neto desde que soube que ele não se identificava com o gênero lhe designado quando nasceu. A viúva de Tarcísio Meira (1935-2021) disse “e daí?” quando descobriu sobre transição do rapaz e nunca mais o chamou pelo seu “nome morto”.
“Família, antes de mais nada, é entender, acolher, proteger, respeitar. É dar espaço e liberdade. Para ser quem se é. Como alguns sabem, tenho um filho transgênero. Meu Theo Fagundes. Vivi um luto, sim. Mas um luto muito respeitoso, um luto só meu. E passou muito rápido. Me resolvi muito bem com ele”, iniciou Mocita no início do texto.
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A nora de Glória Menezes contou que viveu um luto, mas logo se acertou com o filho. “Logo o luto deu espaço ao que chamei carinhosamente de RENASCIMENTO. E assim como fiquei enlutada, vi um filho lindo e vibrante – renascer. Um filho feliz. Finalmente feliz. E foi emocionante ver o quanto ele se libertou na sua nova (e verdadeira) identidade de gênero. Afinal, quem somos nós para interferirmos na identidade de alguém? Não somos ninguém. No que isso nos afeta? Em nada”, afirmou.
Sobre a reação da sogra, ela revelou: “Nunca vou esquecer a reação da Glória, uma mulher de 90 anos – quando soube da transição do Theo. Ela falou… ‘-E daí?’ ( e sorriu) . Nunca mais ela chamou o Theo pelo ‘nome morto’. Nunca se enganou. Nunca errou. E ela tem 90 anos. Na minha bolha de afeto, na minha família, a EMPATIA sempre foi soberana. E nem precisava ser mãe do menino trans mais lindo desse mundo – para lutar por essa causa. Respeito à comunidade trans. Sempre”.
Mocita Fagundes é mulher de Tarcísio Filho, fruto da relação entre Glória Menezes e Tarcísio Meira. O relato dela foi publicado no Dia Nacional da Visibilidade Trans. “Família, antes de mais nada, é entender, acolher, proteger, respeitar. É dar espaço e liberdade. Para ser quem se é”, concluiu a mulher.