Victor Ferreira, repórter da Globo, expressou indignação sobre os altos custos de hospedagem em Belém, no Pará, durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, a COP30. O contratado da emissora carioca afirmou que seria “tranquilo ir para a COP30 em Belém”, referindo-se aos valores elevados para novembro.
A hospedagem sugerida ao jornalista foi identificada como a terceira mais cara, conforme verificação em um site de busca. O flat sugerido com preço exclusivo para celular na plataforma tinha R$ 200 mil de desconto. O valor era de R$ 2.246.400,00 para a suíte privativa com duas camas, um quarto, uma sala e um banheiro.
Na pesquisa, um apartamento de luxo na região de Umarizal foi listado como a segunda opção mais cara para os 12 dias do evento, custando R$ 2,3 milhões. A propriedade mais custosa era chamada de Casa Alto Padrão COP30, com o preço de R$ 2,4 milhões. Com o filtro para café da manhã e opções mais baratas para os 12 dias, os três valores mais baixos que apareceram eram de: R$ 979,00; R$ 2.028,00; e R$ 2.677,00.
O evento vai contar com a participação de diversos países. “Tenho sido muito enfática em dizer, nós não vamos falar da nossa floresta, nós vamos falar das florestas tropicais do mundo todo, porque todas estão vulneráveis. Acho que é esse o recado que o Brasil vai dar também, porque ele entende que é uma COP planetária, não, não é uma, não é uma COP apenas do Brasil”, diz Thelma Krug, ex-presidente do Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC).
O governo federal destinou R$ 172 milhões para qualificar a rede hoteleira, buscando criar mais de 26 mil novas acomodações para o evento, incluindo 4.500 leitos em cruzeiros, mais de mil em novos hotéis, quase 11.500 em aluguéis de casas e apartamentos, 2.300 com apoio das Forças Armadas, e mais de 5.000 em escolas adaptadas.