PERRENGUE NO CÉU

Ex-comissário de bordo, Alex Escobar relembra sufoco durante voo

O jornalista comparou um pouso de emergência que vivenciou ao trágico acidente da Chapecoense em 2016

Foto de Alex Escobar
Alex Escobar contou sobre perrengue como comissário de bordo (foto: Reprodução/Internet)

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Alex Escobar, apresentador do Globo Esporte RJ, relembrou uma experiência tensa de sua carreira como comissário de bordo. O jornalista relatou um incidente aéreo crítico que vivenciou quando uma aeronave precisou realizar um pouso de emergência por falta de combustível.

O contratado da Globo comparou a situação ao acidente da Chapecoense de 2016. “O pior que passei foi uma parada muito parecida com o que aconteceu com o acidente da Chapecoense”, disse. “Empresa de fretamento tem mais esse perigo. Em uma empresa de voo regular, por que você vai poupar combustível se o avião vai pousar e decolar logo em seguida? Em um voo de fretamento, muitas vezes o avião vai pousar e você não tem outro voo previsto. Então, corre esse risco dessa irresponsabilidade”, afirmou.

Alex Escobar, que trabalhou como comissário de bordo no início da carreira, mencionou que tanto a empresa em que trabalhou quanto a empresa do acidente da Chapecoense agiram de maneira semelhante. “Não estou dizendo que toda empresa de fretamento faça isso, mas a da Chapecoense fez, e a empresa em que trabalhei também”, explicou ao Sem Censura.

“Quando estávamos chegando no Rio de Janeiro, no Galeão, chovia muito mesmo. Percebemos que o avião estava tentando pousar e não conseguia. Não chegava a arremeter, mas descia, apanhava nas nuvens e subia de novo. Nisso, sai um mecânico da cabine chorando e diz: ‘Esse cara vai matar a gente’. Só tinha tripulação a bordo, mas nós vivemos aquela coisa de filme que passa na cabeça”, relatou.

O apresentador da Globo sinalizou que foi um grande sufoco. “Ele explicou que estávamos sem combustível e que o piloto estava tentando pousar de qualquer maneira. O comandante decidiu ir para a base aérea de Santa Cruz, onde geralmente só pousam jatinhos”, contou. “A base aérea não autorizou o pouso, e ele pousou assim mesmo, para salvar a vida. Pousou com o risco de vararmos a pista ou de o avião quebrar na hora do pouso. Era um avião muito pesado, mas era o possível. Ele salvou as nossas vidas”, disse.

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