O repórter Rafael Batalha, do SBT, acusou a Polícia Civil e a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP) de privilegiar uma emissora concorrente na cobertura do caso de Vitória Regina, jovem desaparecida que foi encontrada sem vida. Em vídeo publicado no Instagram, o jornalista desabafou sobre as dificuldades enfrentadas para obter informações sobre o caso.
“Em primeiro lugar, queria deixar aqui um grande abraço a toda a família da Vitória, minha solidariedade. Eu, que acompanhei as buscas pela menina de 17 anos desde o início, senti a dor, a angústia e agonia dessa família. Infelizmente, hoje veio a notícia que ela foi encontrada sem vida”, declarou o repórter do Tá na Hora com Datena.
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Rafael Batalha afirmou que a cobertura do caso foi marcada por dificuldades e apontou privilégios concedidos a outro canal, que ele não revelou o nome. “Em toda cobertura desse tipo, a gente encontra inúmeras dificuldades, mas meu desabafo aqui fica em relação ao que aconteceu há alguns dias do nosso trabalho, e principalmente hoje. Houve a constatação de que houve privilégios de agentes públicos a uma outra emissora”, disse.
Apesar da situação, o repórter Rafael Batalha elogiou o trabalho realizado por sua equipe. “O Tá Na Hora hoje, o SBT, fez uma cobertura brilhante, 100% comprometida com a verdade. Um trabalho profissional perfeito, mas que valeu todo o empenho da nossa equipe”, destacou o profissional.
Repórter do SBT critica postura de colegas da imprensa
O jornalista criticou ainda a postura de profissionais da imprensa que priorizam a exclusividade da notícia sem considerar o impacto para as famílias envolvidas. “Quando a gente vê que se trata de uma família, que se trata da dor de uma família em busca de notícia, qualquer informação de um parente, a gente tem que ter um pouco de empatia”, disse.
O repórter do SBT relatou que agentes públicos seguraram informações até a chegada da suposta emissora favorecida. “Assim que eu tomei conhecimento desse privilégio, entrei em contato com alguns superiores, mas disse que nosso compromisso, da minha equipe principalmente, era dar a volta e fazer nosso trabalho. Com muito respeito, com muita responsabilidade. E foi assim”, afirmou.
Rafael Batalha enfatizou que, apesar das dificuldades, conseguiu realizar a cobertura de forma profissional. “Apesar dessa sacanagem que fizeram, não só com o SBT, mas com as outras emissoras que estavam cobrindo o caso também, a gente conseguiu, pelo brilhantismo do nosso profissionalismo e do nosso comprometimento, fazer esse trabalho que considerei 100% profissional, 100% brilhante”, declarou.
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP) negou qualquer tipo de favorecimento. “Esta Ouvidoria não se pronunciou sobre este caso com qualquer veículo. E, quando é o caso, atende a todos igualitariamente”, afirmou o órgão em contato com a reportagem do site Notícias da TV. Já a Polícia Civil ainda não comentou as acusações do jornalista.