Eliane Giardini está no ar com reprise da novela O Clone, no Vale a Pena Ver de Novo, da Globo e relembrou que o elenco acreditou que o folhetim poderia não ir ao ar devido ao ataque de 11 de setembro. A atriz também revelou alguns detalhes de como era atuar em uma época em que as gravações eram feitas de outra forma.
“Eu, geralmente, começava as novelas viajando. Era uma outra época, ia o elenco inteiro. Hoje as novelas ficaram mais enxutas, as cenas ficaram menores. Por isso é gostoso assistir reprise, eu adoro. Você tinha que decorar cinco páginas para fazer uma cena. Hoje, isso não existe. As cenas têm meia página”, disse em entrevista para a colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo.
A intérprete de Nazira na novela de Glória Perez contou que a personagem foi um divisor de águas em seu caminho. “Foi uma das novelas que eu mais me diverti fazendo. Eu vinha de personagens muito densos, acreditava mais na minha força dramática do que qualquer outra coisa. E de repente a Nazira descortinou um caminho totalmente novo, com uma carga gigante de comédia”, disse.
A atriz relembrou que o folhetim estreou em 1 de outubro de 2001 e o elenco acreditava que a novela poderia não ir ao ar devido ao ataque de 11 de setembro. “Perto de O Clone estrear teve a questão das Torres Gêmeas. Foi uma loucura! A gente achou que talvez nem fosse para o ar [pelo preconceito contra a comunidade muçulmana]. Mas a novela prestou um grande serviço porque focava na família, em pessoas com as suas tradições. De repente, todos estavam amando coisas da cultura árabe, independentemente dessa questão”, relembrou a global.
