Camila Pitanga está surpresa com o sucesso da novela Beleza Fatal, disponível atualmente no streaming Max. Intérprete de vilã Lola Argento, a artista contou que está amando ser “odiada” pelo público devido às maldades cometidas pela personagem. Ela também rebateu uma fala dita pela megera em um dos capítulos da trama, em que Lola sugere o fim da TV aberta e a ascensão do streaming.
Em entrevista à revista Quem, a famosa contou que tem se realizado profissionalmente com o resultado de seu trabalho na produção. “Eu sou só gratidão por ter uma personagem tão complexa que as pessoas amam odiar. Ela é uma personagem que todo ator quer ter. Alguém que te desafie […] acaba que ela é engraçada, né? Ela tem um apetite de viver, uma maneira debochada, sem vergonha, sem pudor. Acho que aí tem a chance de o público viver um escracho, ser cúmplice. Já que é novela, tudo bem!”, declarou ela.
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Camila Pitanga também defendeu sua vilã, que apesar de bem malvada, esbanja carisma. “Ela é perigosa? Sim. Mas como padece, a gente vê sua vulnerabilidade. No fundo, ela tem uma coisa parecida com todo mundo: quer viver bem. Essa complexidade se traduz em ela ser alguém que você acha terrível e, ao mesmo tempo, te fascina. Mesmo que por caminhos terríveis, ela é incansável. Um aspecto positivo é que ela sofre, cai, mas dá a volta por cima. O brasileiro que não desiste nunca. A Lola é isso”, analisou a artista.
Logo nos primeiros capítulos de Beleza Fatal, Lola ironiza o crescimento do streaming e a queda da audiência da TV aberta. A atriz, no entanto, não concorda com sua personagem — mesmo porque a novela está em exibição na Band. “Definitivamente eu não concordo com a Lola. Eu acho que o futuro está em todos os lugares. Onde há pessoas criativas querendo fazer e contar boas histórias, está o futuro, e pode ser no streaming como na TV aberta”, declarou.
Por fim, a atriz falou sobre ter ficado quase 10 anos longe das novelas, devido ao trauma de ter presenciado a morte do ator Domingos Montagner nos bastidores de Velho Chico (2014), da TV Globo.
“Eu sou uma pessoa privilegiada de ter uma família muito amorosa, de ter amigos cúmplices. Fui ungida com amor a minha vida inteira, não só nos momentos mais difíceis. Fazer terapia desde os 19 anos me fez ter muito respeito pela vida, considerar ciclos como momentos de pausa, de nutrição, elaboração e de apontamento. E para pensar: o que é mais importante agora?”, concluiu.
