Antonio Fagundes relembrou sua trajetória na teledramaturgia durante a estreia do videocast Novelão, do jornal O Globo. No bate-papo, o veterano falou sobre seu papel na trama A Viagem (1994), comentou os desafios dos remakes e revelou que não pensa em voltar às novelas.
Com a novela A Viagem prestes a ser reprisada no Vale a Pena Ver de Novo, Antonio Fagundes contou os bastidores da trama e destacou a atemporalidade da história sobre vida após a morte. No folhetim, ele interpretou Otávio Jordão, um advogado cético que, ao morrer, se vê envolvido em uma jornada espiritual. “Foi uma maravilha, muito gostoso. A gravação era muito gostosa e tranquila. Aquele astral maravilhoso”, contou.
Antonio Fagundes também abordou a onda de remakes de novelas clássicas e demonstrou preocupação com a repetição de histórias que ainda estão frescas na memória do público. Ele citou como exemplo Vale Tudo, trama de 1988 na qual interpretou o empresário Ivan Meireles, e que ganhará uma nova versão. “Você fazer o registro de uma obra icônica, que funcionou em todos os seus detalhes, com o registro dela ainda na sua mão, é uma temeridade. Você está correndo um risco de errar muito grande”, analisou.
“Eu acho que o remake tem um sentido: resgatar uma coisa que se perdeu ou melhorar uma coisa que foi malfeita. A Viagem é um exemplo de um bom remake. Nós fizemos o remake de A viagem na Globo. Ela tinha sido produzida na TV Tupi, mas você não tem um registro da primeira versão. A Tupi queimou esses arquivos. Pessoas que há 40 anos viram têm uma lembrança, mas não lembram muito bem. Então, vale a pena fazer o remake”, sinalizou.
Antonio Fagundes descarta volta às novelas
Ao ser questionado sobre um possível retorno às novelas, Antonio Fagundes foi direto: não há planos para isso no momento. “Sinto que teria que haver uma mudança muito grande na estrutura de como as coisas são feitas atualmente para eu ter prazer novamente de fazer novela. Mudar a estrutura mesmo, a forma como é feita. Mudar o tempo que se leva para fazer, organizar melhor em termos de produção mesmo. O prazer de ir lá e fazer a gente tem. Mas chegar lá e fazer às vezes demora tanto que ficamos meio preguiçosos”, relatou.
