Vera Holtz compartilhou suas reflexões sobre maternidade durante entrevista ao programa Sem Censura, da TV Brasil. Ela revelou que nunca teve o desejo de ser mãe e que essa escolha faz parte essencial de sua identidade. Segundo a artista, desde jovem não sentia esse impulso e acredita que o instinto maternal é uma construção social — e não uma verdade universal para todas as mulheres.
“Sempre, desde pequena [eu não queria ter filho]. Eu tinha 12 anos… Não é não maternidade para mim. Eu não tenho o sim. Não faz parte da minha vida. Desde pequena, eu falava: ‘não existe instinto maternal. Isso é uma invenção social'”, declarou.
Ela também criticou a pressão social que impõe a maternidade como um destino obrigatório para as mulheres, desconsiderando diferentes realidades e escolhas. “E vocês esquecem de quem não tem útero, de quem não pode ter filho. Por que inventaram isso para a mulher? Por que rotular essa questão?”, questionou a atriz. “Todo mundo quer botar a gente numa caixinha, rotular, vira um produto… Eu nunca realmente acreditei nisso”, questionou a atriz. Seu último trabalho em novelas foi em Orgulho e Paixão, exibida em 2018.
Vera Holtz defendeu a ideia de “maternagem”, conceito que diferencia o ato de cuidar e formar do papel tradicional da maternidade biológica. “Eu acredito na maternagem, que cuida, que forma. E todos nós devemos ter muita gente que a gente cuida”, disse a artista.
Carreira de Vera Holtz
A artista iniciou a carreira na televisão em 1982. Esteve em tramas de sucesso na Globo com A Próxima Vítima (1995), Uga Uga (2000), Brava Gente (2001), Mulheres Apaixonadas (2003), Cabocla (2004), Belíssima (2005), Avenida Brasil (2012) e A Lei do Amor (2016).
