Mônica Waldvogel iniciou sua trajetória na Globo em 1987, como repórter de economia. Anos depois, a jornalista continua sendo uma figura importante na televisão e ganhou um novo programa no canal. A partir 5 de abril, a apresentadora comandará o Liderança S/A, na GloboNews. O formato será semanal e trará entrevistas com grandes executivos do mercado financeiro com a meta de mostrar o lado humano do mundo dos negócios.
“Vamos tentar humanizar o perfil do líder. Às vezes, idolatramos certos perfis empresariais, certos CEOs, como se eles fossem os únicos e grandes responsáveis pelo sucesso de um empreendimento. Porém, se você vai ver, vai descobrir que eles têm falhas, também erraram, têm dificuldades em enfrentar choques de mentalidade entre o que eles pensam e o que as novas gerações trazem. Portanto, não é tão simples, assim, ser um líder”, sinalizou.
Ao longo da carreira, Mônica Waldvogel atuou como correspondente internacional nos Estados Unidos e apresentou o Bom Dia Brasil no final dos anos 1990. Em 2002, assumiu a apresentação do Saia Justa, no canal GNT, ao mesmo tempo em que ocupava o cargo de editora-chefe do Fala Brasil, na Record. Em 2006, passou a integrar a equipe da GloboNews como comentarista e repórter, tornando-se presença constante no canal após sua saída do Saia Justa em 2012.
A jornalista destaca os 11 anos à frente do Saia Justa como um período marcante, que contribuiu para o desenvolvimento de um estilo mais leve de comunicação. “Imagina, eu era uma jornalista com todos os rigores e aí você vai encarar a Rita Lee, a Fernanda Young (1970-2019), a Marisa Orth, que não tinham nenhuma das contrições que eu tinha por formação”, relembra em conversa com o UOL.
Mônica Waldvogel ganha novo programa na GloboNews

Atualmente, Mônica Waldvogel se diz realizada com a profissão. “Lá atrás, quando pensei em ser jornalista, eu sonhava em ser jornalista — e realizei o sonho. As formas como exerci o jornalismo foram definidas pelas oportunidades, pelas circunstâncias, pelos acasos. Estar no lugar certo, na hora certa, e alguém te escolher”, reflete.
Apesar da longa trajetória, ela admite que ainda sente o tradicional “frio na barriga” ao encarar novos projetos. “Se você não tiver frio na barriga, é porque está tomado por algum tipo de arrogância”, afirma, destacando a importância da humildade e do aprendizado contínuo. “Minha receitinha sempre é: ‘seja aluna, aprenda com os professores, identifique os mestres’. Todo dia a gente tem que aprender algo novo, algo diferente e algo desafiador”, disse.