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DISPONÍVEL NO GLOBOPLAY

Ana Paula Araújo tem equipe majoritariamente feminina em podcast

Foto da jornalista Ana Paula Araújo
Ana Paula Araújo apresenta podcast no Globoplay (foto: Divulgação/TV Globo)

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Ana Paula Araújo estreou o podcast Abuso com uma adaptação em áudio realizado pela Rádio Novelo, do seu livro Abuso: A cultura do estupro no Brasil, lançado há um ano. Com seis episódios produzidos pelo jornalismo da Globo, o projeto possui uma equipe majoritariamente feminino com depoimentos inéditos de vítimas, especialistas na área e situações vividas por Ana Paula Araújo, testemunhos e entrevistas realizadas ao longo dos quatro anos de produção da publicação.

“No áudio, precisamos prestar mais atenção ao som ambiente, temos que descrever detalhes, sem que fique algo cansativo”, disse a jornalista em entrevista para a Quem. A apresentadora escolheu uma equipe majoritariamente feminina para a produção do podcast. “Entre casos mais graves e menos graves, todas temos alguma história para contar. Portanto todas abraçaram esse projeto com uma dedicação de quem sabe exatamente como a violência sexual, o assédio e o machismo permeiam o dia a dia de todas as mulheres”, relatou.

A apresentadora relatou um dos casos mais marcantes para ela. “Logo no primeiro capítulo, o ouvinte conhece a história da Daniela, uma sobrevivente de abuso sexual, vítima do padrasto durante toda a infância. Ela conta o caminho difícil para sair desse ciclo e como o trauma voltou para assombrar a vida adulta dela de uma maneira inesperada. É uma mulher de uma força extraordinária que pode inspirar muita gente”, disse.

Questionada se acredita que os homens passaram a mudar seu comportamento devido a divulgação de situações de abuso, a contratada da Globo revelou que sim. “Espero que sim, mas ainda há um longo caminho a ser percorrido. Os abusadores raramente se enxergam como tal. Acham que não fazem nada de tão errado assim, tendem a jogar a culpa na vítima e a minimizar o impacto da violência que praticam. Por isso é tão importante falar sobre abuso. Só a informação leva ao debate, reflexão e mudança de comportamento”, pontuou.

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