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Débora Bloch vê Odete Roitman como retrato do conservadorismo no Brasil

Atriz celebrou a estreia da personagem no remake da novela da Globo e afirmou que a figura representa pensamentos retrógrados

Débora Bloch aparece caracterizada como Odete Roitman no remake de Vale Tudo. Com visual elegante, a atriz usa blazer preto sobre camisa branca e carrega uma bolsa no ombro. Seu cabelo loiro curto e levemente ondulado reforça a sofisticação da personagem, em uma cena ambientada em um local refinado, decorado com flores e quadros ao fundo.
Débora Bloch fala sobre Odete Roitman em Vale Tudo e alerta para conservadorismo atual (foto: Reprodução/Globo)

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Débora Bloch comemorou a estreia de Odete Roitman no remake de Vale Tudo neste sábado (26). A atriz, que vive uma das personagens mais icônicas da dramaturgia brasileira, afirmou que interpretar a vilã é um dos maiores desafios de sua carreira. A artista pontuou que a personagem continua sendo o retrato de um pensamento conservador e preconceituoso que ressurge no Brasil e no mundo.

“A Odete é uma put* personagem, é o retrato de uma classe que despreza o Brasil e, ao mesmo tempo, se beneficia dele, suga suas riquezas. Ela é uma personagem muito interessante e, infelizmente, atual. O Brasil mudou muito, mas a gente está vendo a volta, não só no Brasil, de um pensamento conservador e preconceituoso”, declarou Débora Bloch em conversa com o UOL.

A atriz ressaltou que, mesmo com as mudanças sociais, o comportamento da personagem ainda se mantém atual. “Conseguimos caminhar tanto nas questões humanistas, nunca imaginei que fossemos assistir de novo a essa onda de ideias tão ultrapassadas, conservadoras, retrógradas e fascistas”, disse. A comunicadora sinalizou que o mundo está caminhando para o lado mais conservador. “Mas estamos vendo o mundo caminhar para isso, como se a história estivesse se repetindo. Odete representa esse pensamento”, lamentou.

Débora Bloch destacou que o texto original de Gilberto Braga (1945-2021) continua forte e que a adaptação de Manuela Dias modernizou o conteúdo sem perder a essência crítica. “Trago de 1988 esse texto muito bem escrito Gilberto e, agora, pela Manuela, que está atualizando isso. O texto ainda está atual. Esse pensamento e maneira de se comportar ainda estão atuais. Estou tentando fazer uma Odete que represente essa gente no Brasil de hoje”, afirmou.

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