Fábio Porchat concedeu uma entrevista ao podcast Vênus e se emocionou ao contar sobre o começo de sua carreira ao lado de Paulo Gustavo, que morreu em maio deste ano. Os dois iniciaram no teatro e chegaram a atuar juntos em uma peça, foram o mesmo personagem, mas em momentos diferentes.
O humorista relembrou sobre o começo da carreira quando estudou teatro na CAL, Casa de Arte das Laranjeiras, localizada no Rio de Janeiro e era da mesma turma que Marcus Majella e Paulo Gustavo. “A minha turma era eu, o Majella e o Paulo Gustavo. Começamos a fazer palhaçada, ficamos juntos, ficávamos um na casa do outro e a gente fazia as nossas maluquices. Comecei a escrever para mim e para o Paulo, porque o Majella repetiu de ano. Eu escrevia, levava para a aula e a gente trocava ideias de esquete. Eu imprimia em casa e levava para o Paulo ver o que eu tinha escrito”, disse.
“Eu e o Paulo viramos um acontecimento na escola. Nós éramos os meninos engraçados que estavam o tempo todo fazendo alguma coisa. Me formei na escola de teatro em 2005 com o Paulo, fazendo a mesma peça e o mesmo personagem: eu fazia o João Ternura jovem e ele era o João Ternura que estava num limbo”, Fábio Porchat não conseguiu segurar as lágrimas ao relembrar o momento e começou a chorar.
Mais calmo, o ator contou uma lembrança dos bastidores na peça. “Eu fiquei até emocionado agora porque foi muito esquisito o que aconteceu esse ano [a morte de Paulo Gustavo]”, lamentou. “Era muito curioso, a gente não contracenava porque ele era eu ‘do limbo’, esse João Ternura que já estava em outro lugar. E eu lembro que a gente passava um pelo outro se olhando, mas o Paulo era um filho da puta e ele ficava na coxia e ficava me fazendo rir o tempo todo. Eu atuava com uma menina e tinha um momento que ela tirava a roupa e ficava pelada e o Paulo ficava me sacaneando sem que ela visse”, relembrou.