Apresentador de A Praça é Nossa nas noites de quintas-feiras no SBT, Carlos Alberto de Nóbrega comentou sobre o período em que o programa humorístico –na época chamado de Praça da Alegria– era exibido pela Globo, entre 1977 e 1978. Segundo o comunicador, Regina Casé se recusou a gravar com ele por integrar um programa popular. “Tinha muito preconceito”, disse o veterano em entrevista ao podcast Inteligência Ltda.
Carlos Alberto contou que quando foi entregar a primeira Praça na Globo, se colocou à disposição para comandar a atração, ideia que foi vetada por José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, que era diretor de programação e produção. “Ele disse que não, ‘nem você e nem o Chico [Anysio]’. Tem que ser alguém totalmente diferente do seu pai. Se você der certo, o sucesso vai ser do teu pai, se der errado, teu pai que é bom, você que é ruim. O Miele [Luiz Carlos] começou fazendo a Praça na Globo. A Globo não engolia A Praça, era um programa popular”, disse ele.
Na opinião do humorista, a emissora queria algo mais elitista. Mesmo com bons resultados de audiência, o programa foi cancelado pouco mais de um ano depois. Carlos Alberto disse ainda que havia preconceito por parte do elenco da emissora com o humorístico. “Tinha uma novela, Espelho [Mágico], que o Lima Duarte fazia o papel de um palhaço fracassado, e a Regina Casé era a filha que estava em ascensão”, recordou. “No último capítulo da novela, eu tinha que entrar e houve uma pressão. ‘Não vai entrar’. O Lima não, ele queria entrar. Até hoje eu não sei por que [Regina Casé teve preconceito] eu era amigo do pai dela”, disse o dono da Praça.
Carlos Alberto lembrou também de quando um suposto comentário de Regina Casé o incomodou, mas não apontou quando foi isso. “Uma vez ela fez um comentário quando tava fazendo A Praça aqui em São Paulo e eu tava ganhando do programa dela. E ela fez um comentário. ‘Perder é normal, chato é perder pra Praça’. Nunca falei nada, quero que ela seja feliz. Nada contra ela. Tremenda de uma atriz, era muito amigo do pai dela, mas tinha muito preconceito”, finalizou.