Galvão Bueno relembrou Ayrton Senna (1960-1994) durante uma entrevista feita para a GQ. O comentarista esportivo relatou algumas conversas imaginárias que tem com o piloto e revelou que o atleta foi sua motivação para permanecer na televisão. “Eu, como ele, sou viciado em adrenalina”, declarou.
O contratado da Globo relembrou uma história que aconteceu em 1998 ao lado do grande nome do país. “Teve uma vez em que eu percebi que o Ayrton Senna estava meio estranho. O Senna participaria do especial de fim de ano do Roberto Carlos, e, no dia seguinte, iria ao programa da Xuxa, em uma época em que os dois estavam se conhecendo melhor”, começou Galvão Bueno ao narrar a lembrança.
Segundo ele, o piloto estava dirigindo aflito por se encontrar com Roberto Carlos e repetia: “É o Roberto Carlos, meu Deus!”, contou. Com uma manobra radical, o atleta deu um grande susto no narrador e depois se tranquilizou. “Agora estou tranquilo”, disse ele.
Muito amigos, o narrador já contou no livro Fala, Galvão algumas peripécias que aprontava ao lado do piloto. “Pegamos o trem-bala para ir de Tóquio ao autódromo em Suzuka. [Gerhard] Berger adormeceu logo. Olhei para Ayrton, fiz um gesto com a cabeça, ele fez um sinal de positivo –a gente se entendia por olhares na hora da bagunça. Ele jogou para mim um tubo de gel de barba. Eu fui até a mala de Berger, abri, e a primeira coisa que vi foi um sapato. Berger só andava de tênis, mas tinha esse sapato por causa de um evento naquela noite, que exigia terno. Enchi os dois pés do sapato de gel”, contou.
