Uma das próximas mudanças na programação da Globo deverá envolver o horário do Hora 1. Os executivos da emissora tem avaliado a possibilidade de ampliar ainda mais a duração do matinal, que já tem duas horas de duração, para atender aos apelos feitos por Roberto Kovalick. Empossado como editor-chefe do telejornal em abril do ano passado, o jornalista já avisou para sua equipe que irá batalhar internamente para que o noticioso passe a entrar no ar uma hora mais cedo, às 3h da manhã.
O TV Pop apurou que o ex-correspondente internacional não esconde a sua preocupação com os índices de audiência do jornalístico. Diferentemente da maior parte dos âncoras da emissora, ele pergunta para o switcher várias vezes durante a exibição do telejornal como estão os números na Grande São Paulo. Mais recentemente, ele pediu para que o canal instalasse no estúdio televisores ligados no SBT, na Band e na Record, para que ele pudesse monitorar a programação das concorrentes em tempo real, avaliando a necessidade de deslocar equipes para eventuais furos das rivais.
Mesmo com a liderança isolada na maioria absoluta de suas edições, Roberto Kovalick defende que o ibope do Hora 1 poderia ser melhor se o telejornal entrasse no ar mais cedo. Em reuniões com a equipe do noticioso, ele diz não entender como o SBT consegue ser competitivo exibindo um telejornal reprisado — a emissora de Silvio Santos transmite por volta das 3h15 um compacto com os melhores momentos do SBT Brasil do dia anterior — e o Primeiro Impacto. O jornalista afirma que esse público poderia migrar para a Globo, caso a emissora deixe de insistir em filmes “de origem duvidosa” antes do jornalístico. Ele, por sinal, já fez várias queixas ao departamento de Programação sobre as produções escaladas para o Corujão.
As recentes reformulações feitas no formato do matinal também partiram de iniciativas do apresentador. Promovido para editor-chefe justamente após se queixar da falta de investimentos em seu telejornal, Kovalick fez com que o noticioso passasse a ter a sua cara. Ele deixou o jornalístico mais solto, quase aposentando o uso da bancada, apostou em mais interação com as redes sociais, e também instituiu o uso de tarjas fixas com as manchetes, assim como nas concorrentes. Além disso, o âncora também passou a opinar sobre as notícias, não raramente se emocionando no ar.