Ari Peixoto foi um dos repórteres demitidos pela TV Globo no final do ano passado, em uma movimentação da emissora para cortar custos, que passa pela demissão de profissionais mais antigos para reduzir seus custos operacionais. Em entrevista ao site NaTelinha, do UOL, o jornalista falou sobre seu desligamento da emissora e detonou a forma como a empresa decidiu administrar a sua saída. “Fui chamado à sala do diretor da Editoria Rio e, em cinco minutos, estava demitido”, lamentou o profissional.
“Minha demissão foi uma surpresa. Eu não esperava porque estava e estou em plena produtividade”, comentou o jornalista, que trabalhou em home office durante boa parte da crise sanitária. “Fiz mais de 100 matérias daqui de casa, para a rede e para os jornais locais, fiz entradas ao vivo da minha sala, feitas pelo meu celular”, disse o ex-funcionário da Globo, que contou com a ajuda de sua mulher, a também jornalista Káthia Mello.
Durante o seu período na TV Globo, Ari Peixoto começou como repórter local, e com o tempo passou a fazer entradas também para o Jornal Hoje e o Bom Dia Brasil. Depois de um período nas tardes e nas manhãs, ele finalmente ganhou uma chance de atuar no Jornal Nacional. “No início não entrava no JN, que é a aspiração de todo repórter que chega à Globo. A partir de 1997, 1998, quando me tornei repórter de rede, aí sim começou a fase de muito trabalho, 10, 12, às vezes 14 horas dentro da emissora”, recordou ele, que explicou o motivo de sua jornada excessiva.
“Uma das regras do Jornal Nacional é que o repórter só pode ir embora depois que o texto foi aprovado pelo editor-chefe e a reportagem editada”, finalizou Ari Peixoto. O jornalista, vale lembrar, foi dispensado pela líder de audiência em outubro de 2021, na mesma data em que o canal dispensou também os serviços de Alberto Gaspar. Gaspar, demitido às vésperas de seu aniversário, era funcionário da emissora há 39 anos, enquanto Peixoto dava expediente na empresa há 34 anos.
