Os bons resultados de audiência da edição especial de O Cravo e a Rosa (2000) garantiram a continuidade da nova faixa de reprises de novelas na grade vespertina da Globo. No ar depois do Jornal Hoje, o novo horário era considerado um teste do departamento de Programação da emissora e agora foi fixado. A atração conseguiu superar o quadro A Hora da Venenosa, do Balanço Geral SP, que há anos era uma pedra no sapato da líder de audiência. As informações foram publicadas pelo colunista Gabriel Vaquer, do site Notícias da TV.
Segundo a publicação, a trama protagonizada por Adriana Esteves e Eduardo Moscovis abriu vantagem contra a Record em várias regiões do país. A sucessora do folhetim, que estreou em dezembro, começará a ser analisada pela Globo nos próximos dias. O objetivo será encontrar uma história que tenha o mesmo apelo popular que a trama de Walcyr Carrasco para manter o ibope em alta. Há grandes chances de uma outra novela escrita pelo roteirista ser escalada.
Caso a Globo não faça mudanças no ritmo de edição de O Cravo e a Rosa, a novela deverá continuar no ar pelo menos até o começo de setembro. No entanto, antes a direção da emissora terá que escolher o que vai substituir a reprise de O Clone no Vale a Pena Ver de Novo. Até o capítulo exibido na quarta-feira (2), a novela de Catarina e Julião Petruchio tem média 12,2 pontos na região metropolitana de São Paulo. Cada ponto representa 74.666 domicílios com aparelhos de TV.
Exibida originalmente pela Globo na faixa das 18h em 2000, O Cravo e a Rosa conta a história de Catarina (Adriana Esteves), uma mulher moderna para os anos 20 que é conhecida como “a fera” por colocar todos os seus pretendentes para correr. Mas ela esbarra na teimosia cínica de Petruchio (Eduardo Moscovis), um machista que inicialmente decide conquistá-la para ganhar o dote do casamento e salvar sua fazenda de ser leiloada. Os dois se apaixonam, mas não dão o braço a torcer, protagonizando cenas bem-humoradas, pois Catarina recusa o papel de lavar ceroulas e Petruchio a quer como a rainha do lar.
A trama escrita por Walcyr Carrasco e Mário Teixeira é inspirada em A Megera Domada, de William Shakespeare, com referências à novela O Machão (1974), escrita por Ivani Ribeiro. A comédia romântica retrata o comportamento da época, com referências históricas como a luta pelo voto feminino e o novo papel da mulher na sociedade.