Nos últimos meses, a CNN Brasil vem perdendo profissionais importantes em Brasília: depois de uma onda de demissões por motivos variados, agora o canal de notícias está tendo que lidar com uma série de profissionais pediram demissão para aceitar propostas das mais diversas concorrentes. Os motivos são os mais diversos, como salários mais altos e rotinas mais flexível. Nem mesmo a apresentadora Larissa Alvarenga, casada com o diretor regional da emissora, aceitou continuar na empresa e se despedirá dos telejornais da rede nesta sexta-feira (11).
Em pleno ano de eleições, o canal de notícias já perdeu nomes relevantes no cenário do Jornalismo político, como Rachel Vargas, que pediu demissão na última semana. Larissa, casada há vários anos com o executivo Roberto Munhoz, pediu as contas e topou virar apresentadora de um programa digital no portal Metrópoles. Além delas, os repórteres Galton Sé, Bárbara Baião, Xico Prado e Natália André também engrossaram a lista de baixas no elenco da autoproclamada “maior do mundo”, que não tem conseguido profissionais para substituir os demissionários.
De acordo com o site Notícias da TV, as baixas mais sentidas na Redação foram as de Bárbara, Rachel, Galton e Larissa, figuras centrais na cobertura do dia a dia do Governo Federal. Segundo o site, há a expectativa de que mais demissões aconteçam nos próximos dias: um importante editor, por exemplo, tende a aceitar uma proposta feita pela Globo. Dentre os nomes que aceitaram deixar a CNN Brasil, o primeiro ponto em comum é o sentimento de falta de valorização.
Os jornalistas avaliaram que a CNN Brasil não tem salários competitivos com outros veículos de comunicação de Brasília, que estão se reforçando para a cobertura intensa do segundo semestre — e quem está pedindo para sair não recebe uma contraoferta da diretoria da empresa. Uma outra razão para a saída de tantos jornalistas do canal, é a rotina pesada de trabalho, que apesar de pagar corretamente as horas extras, não liberava equipe completa para os jornalistas, que na maioria das vezes atuavam como videorrepórter, o que deixava o serviço ainda mais desgastante.