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FELIPE MALTA

Por lealdade, âncora do SBT declina de proposta “irrecusável” da Record

Foto do apresentador Felipe Malta, do SBT
Felipe Malta recusou proposta da Record por lealdade ao SBT (foto: Reprodução/SBT)

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Neila Medeiros não era a primeira opção da Record para assumir o comando do DF no Ar: antes de fechar contrato com a antiga queridinha de Silvio Santos, a emissora procurou outro nome do SBT do Distrito Federal para assumir o telejornal matinal. O sonho de consumo do canal era Felipe Malta, que sucedeu Neila Medeiros no comando do jornalístico da hora do almoço do canal há menos de oito meses, na segunda quinzena de junho do ano passado. Ele, no entanto, recusou a proposta vista como “irrecusável” por executivos da rede e preferiu ficar onde está.

TV Pop apurou que a proposta da Record envolvia um generoso aumento salarial e um cachê generoso em ações de merchandising feitas apresentadas no noticioso. Este, por sinal, foi o principal motivo para que a emissora decidisse trocar mais uma vez o comando do matinal: em novembro, Guilherme Portanova (promovido para o horário nobre) foi substituído pela até então repórter Narla Aguiar. Ela, apesar de ter subido os índices de audiência do jornalístico, acabou afugentando anunciantes — no mercado, a jornalista era vista como arrogante e distante do público.

Para amigos próximos, Malta teria dito que decidiu declinar da oferta por lealdade ao canal de Silvio Santos: benquisto pelos executivos da empresa, ele apresenta dois programas em Brasília e faz parte do rodízio de apresentadores do SBT Brasil aos finais de semana e feriados, além de ser frequentemente convocado para coberturas especiais. Desde a sua estreia, o SBT Brasília tem crescido na audiência e voltou a disputar a vice-liderança da faixa horária com a Record. A melhora nos números foi reconhecida pela diretoria da emissora, que deu mais 45 minutos para o telejornal.

Ele, inclusive, não leiloou o seu passe para conseguir um aumento salarial. A reportagem apurou que, mesmo com a proposta tentadora da rival, ele não procurou seus chefes para incrementar os seus vencimentos. Há algumas semanas, ao avisar para a chefia regional de que havia recebido uma oferta da Record, o jornalista também comunicou que havia decidido seguir em seu emprego atual e que não tinha motivos para deixar a emissora no momento em que atravessa uma boa fase de sua carreira.

Com a recusa de Felipe Malta, a Record se apressou para entrar em contato com Neila Medeiros. A direção do canal acredita que ela era o melhor nome disponível no mercado para apresentar o DF no Ar, jornalístico que historicamente tem um formato dinâmico e opinativo. Setores da emissora chegaram a relembrar que ela foi demitida do SBT por conta dos índices de ibope vexatórios (não era raro que o SBT Brasília flertasse com o traço), mas a pressão do departamento Comercial foi determinante para a escolha, já que ela tinha bons anunciantes mesmo com audiência ruim.

Além disso, a desvalorização da ex-queridinha do dono do Baú no mercado também foi um fator que animou a diretoria da rede: sem propostas para voltar a atuar na TV desde a sua demissão, ela passou meses apresentando podcasts e vivendo apenas de suas redes sociais. A jornalista só voltou para a mídia na segunda quinzena de fevereiro, em uma rádio local. Ou seja: Neila era um nome muito mais barato do que a primeira opção e, por isso, recebeu uma proposta salarial inferior. Nos bastidores, comenta-se que ela ganhará menos até do que Narla Aguiar, a atual âncora.

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