Arthur do Val (sem partido) será entrevistado por Carolina Ferraz no Domingo Espetacular desta semana (13), na Record. Recentemente, o deputado estadual paulista chocou o Brasil ao fazer comentários machistas sobre mulheres ucranianas. Durante a conversa, o político foi confrontado pela apresentadora e se disse arrependido, mas acredita que está sendo “injustiçado”. “Eu cometi o maior erro da minha vida. Eu perdi tudo, perdi todo o meu trabalho, eu joguei fora por causa disso”, desabafou.
Também conhecido como Mamãe Falei, Arthur do Val revelou ainda que está sofrendo ameaças de morte. “Não é justo uma pessoa querer me matar porque eu mandei um áudio num grupo de amigos”, diz ele. O parlamentar também negou durante a entrevista que o que fez seja um incentivo ao turismo sexual. “Quando uma garota viaja para outros lugares para conhecer alguém para se relacionar, está praticando turismo sexual? Turismo sexual, para mim, é uma pessoa que viaja para se aproveitar através de prostituição”, disse ele.
No início do mês, circularam áudios do deputado nas redes sociais que teriam sido enviados para integrantes do MBL com declarações machistas e misóginas sobre as mulheres da Ucrânia. As declarações teriam sido feitas durante viagem dele ao país ao leste europeu que está sendo atacado pela Rússia. Ele disse ter viajado para enviar doações para refugiados ucranianos após a invasão das tropas de Vladimir Putin.
“São fáceis, porque elas são pobres. E aqui minha carta do Instagram, cheia de inscritos, funciona demais. Não peguei ninguém, mas eu colei em duas ‘minas’, em dois grupos de ‘mina’. É inacreditável a facilidade. Essas ‘minas’ em São Paulo você dá bom dia e ela ia cuspir na sua cara e aqui são supersimpáticas”, diz o áudio de Mamãe Falei. Nas mensagens em áudio, ele também teria comparado a fila de refugiadas à fila de uma balada.
“Acabei de cruzar a fronteira a pé aqui, da Ucrânia com a Eslováquia. Eu juro, nunca na minha vida vi nada parecido em termos de ‘mina’ bonita. A fila das refugiadas, irmão. Imagina uma fila de sei lá, de 200 metros ou mais, só deusa. Sem noção, inacreditável, é um bagulho fora de série. Se pegar a fila da melhor balada do Brasil, na melhor época do ano, não chega aos pés da fila de refugiados aqui.”
Em outro trecho, o áudio diz: “Passei agora quatro barreiras alfandegárias, duas casinhas pra cada país. Eu contei, são doze policiais deusas. Que você casa e faz tudo que ela quiser. Eu estou mal cara, não tenho nem palavras para expressar. Quatro dessas eram ‘minas’ que você se ela cagar você limpa o c* dela com a língua. Assim que essa guerra passar eu vou voltar para cá”.