Ex-diretora artística e de programação do SBT, Daniela Beyruti detonou o filme Como se Tornar o Pior Aluno da Escola (2017), de Danilo Gentili, nesta segunda-feira (14). A filha número três de Silvio Santos compartilhou nas redes sociais uma cena do longa que está sendo atacado por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) nos últimos dias. No vídeo, o personagem interpretado por Fábio Porchat pede sexo oral a duas crianças.
“Nojo! Nojo de quem escreveu, nojo de quem produziu, nojo de quem dirigiu, nojo de quem atuou! Como pactuar com algo assim? Pedofilia! Abuso sexual! Abuso de autoridade! Que perverso. Que triste”, escreveu a ex-executiva do canal paulista ao publicar uma postagem do deputado estadual André Fernandes (PL), do Ceará. Beyruti foi uma das principais diretoras do SBT no começo da década de 2010, mas se afastou da rede em 2017 para se dedicar aos filhos.
Danilo Gentili e Fábio Porchat ficaram entre os assuntos mais comentados do Twitter no fim de semana após serem acusados por bolsonaristas de “incentivarem” a pedofilia com o longa Como se Tornar o Pior Aluno da Escola, lançado em 2017. Assim como os comediantes, a Netflix, plataforma que tem o filme disponível no catálogo, também foi alvo de críticas dos militantes políticos. A produção tem roteiro de Danilo Gentili, Fabrício Bittar e André Catarinacho. Bittar também foi o diretor da história.
“O maior orgulho que tenho na minha carreira é que consegui desagradar com a mesma intensidade tanto petista quanto bolsonarista. Os chiliques, o falso moralismo e o patrulhamento: veio forte contra mim dos dois lados. Nenhum comediante desagradou tanto quanto eu. Sigo rindo”, disse o apresentador do The Noite no Twitter sobre os ataques ao filme na madrugada desta segunda-feira (14). Na época em que Danilo Gentili foi contratado pelo SBT, no final de 2013, Beyruti ainda fazia parte do conselho artístico e de programação da emissora.
Graduada e formada em Comunicação pela Liberty University, localizada na Virgínia, nos Estados Unidos, Daniela Beyruti foi diretora executiva do SBT entre 2008 e 2010. Em 2010, ela assumiu o cargo de diretora artística e de programação do canal, sendo responsável pela contratação de nomes com o Roberto Justus, Roberto Cabrini e o retorno de Eliana ao SBT. Ela também foi a responsável pela aquisição de formatos como 10 Anos mais Jovem e Esquadrão da Moda. Na época em que tinha poder no canal, ganhou a simpatia dos fãs da emissora por escolher a série Gossip Girl (2007) para substituir Sobrenatural (2005) no horário nobre. A escolha –decidida por uma enquete no Twitter– não deu certo e afundou a audiência do SBT: caiu de 10 para 5 pontos na região metropolitana de São Paulo.
