Karina Bacchi concedeu uma entrevista para o YahPodCast, do pastor Lamartine Posella. A atriz, que atualmente é evangélica, revelou que as festas entre os funcionários da emissora possuíam drogas e orgias. “Com certeza você deve ter visto uma série de coisas dentro desse meio [artístico], de prostituição, de pessoas que tinham que sair com os diretores. Isso realmente é verdade? Tem isso?”, questionou o pastor.
“Eu cheguei a presenciar quando estava mais velha e trabalhei como atriz. Eu fui ter esse tipo de percepção como atriz. A minha primeira novela foi na Record, mas fui ter contato com isso quando fui para o Rio de Janeiro, na Globo. A gente passou a conviver, ter festas e tudo aquilo me angustiava muito. Eu não me encaixava desde o começo. As poucas festas que eu fui, eu me sentia um peixe fora d’água”, começou ela.
“Eu nunca tive essa necessidade da fama. Eu já era conhecida na minha cidade. Eu não achava que aquilo tinha um valor. A gente percebe que [no meio artístico] tem isso de proteção. Uma pessoa saindo com um ou com outro. Festas que se você abre uma porta errada você dá de cara com mesa com drogas, um com outro, com dois, três. Festa em casa de diretor, chegava lá e via essas coisas. Eu passei a julgar os personagens e analisar o que eles diziam”, afirmou.
Da época que trabalhou como atriz na Record, Karina Bacchi relembrou quando pediu para sair uma novela. “Eu não queria fazer nenhum personagem que tivesse cena sensual e mostrasse o corpo. Quando a personagem começou a desabrochar, tiveram várias cenas dela tomando banho de cachoeira e não sei onde. Existe essa exploração do corpo da mulher, da sensualidade, mexe com o instinto carnal. Eu pedi para sair no meio da novela. Eu chorava”, relembrou ela sobre Caminhos do Coração. “Falei com a direção e aí fizeram a minha personagem ir trabalhar como modelo no Japão e desapareceu. E eu não fiz mais novela”, disse.
