Demitido por fazer um gesto associado ao nazismo durante um programa, o ex-BBB Adrilles Jorge foi recontratado pela Jovem Pan. O jornalista voltará ao canal de notícias na próxima segunda-feira (28) como comentarista do Morning Show, atração matinal que terá a exibição na televisão retomada após ser suspenso por causa da cobertura da guerra da Rússia contra a Ucrânia.
De acordo com informações de Gabriel Vaquer e Kelly Miyashiro, do Notícias da TV, a Jovem Pan também contratou o jornalista Guga Noblat, que vinha fazendo participações frequentes na atração comandada por Paulo Mathias e Paula Carvalho. A decisão pela recontratação de Adrilles foi tomada por Antônio Augusto do Amaral Carvalho Filho, o Tutinha, dono do grupo de mídia. O executivo gosta dos comentários e polêmicas causadas pelo ex-BBB.
A Jovem Pan havia demitido o comentarista Adrilles Jorge depois que ele fez um gesto associado ao nazismo durante a edição do programa Opinião transmitido em 8 de fevereiro. No final da atração, que falava sobre o caso do youtuber Monark, que defendeu a existência de um partido nazista no Brasil, o ex-BBB fez uma variação do “sieg heil”, saudação usada por Hitler e seus apoiadores na Alemanha Nazista. Após a repercussão, o grupo de comunicação decidiu demitir o jornalista.
“O nazismo matou 6 milhões de judeus, o comunismo matou mais de 100 milhões de pessoas e hoje é visto aqui no Brasil como uma coisa livre, absolutamente liberada, com partidos normalizados”, afirmou o comentarista, que levantou a mão direita para se despedir. O caso foi criticado nas redes sociais e internautas associaram o gesto à saudação nazista “sieg heil”. O apresentador do programa, William Travassos, ficou estarrecido com a atitude do colega. “Surreal, Adrilles”, disse ele. O comentarista Diogo Schelp, que também participava do debate, não escondeu o constrangimento.
Na ocasião, a Jovem Pan chegou a divulgar uma nota de repúdio. “O Grupo Jovem Pan repudia qualquer manifestação em defesa do nazismo e suas ideias. Somos veementemente contra a perseguição a qualquer grupo por questões étnicas, religiosas, raciais ou sexuais. No exercício diário de informar e esclarecer nossa audiência, prezamos pelo livre debate de ideias, mas não endossamos qualquer tipo de manifestação que leve ao discurso de ódio e reforce ideias que remetam a um episódio da nossa história que deve ser lembrado como símbolo de um erro da humanidade que não deve jamais ser repetido. Nossos comentaristas têm independência para emitir opiniões, mas quando os limites legais e éticos são ultrapassados, o Grupo Jovem Pan se posiciona de maneira inflexível. Por fim, é importante destacar que as opiniões dos comentaristas e âncoras não refletem as posições do Grupo Jovem Pan”, disse a empresa no mês passado.
