Demitido pela Jovem Pan há pouco mais de um mês por fazer um gesto associado ao nazismo, o jornalista e comentarista político Adrilles Jorge se prepara para voltar a fazer participações nos programas do canal de notícias nesta segunda-feira (28). Inicialmente, o ex-BBB integrará o time de comentaristas do matinal Morning Show, que estava com exibições suspensas na televisão por causa da cobertura da guerra da Rússia contra a Ucrânia no leste europeu.
Em entrevista para a jornalista Marcela Ribeiro, do NaTelinha, Adrilles falou sobre a volta ao grupo de comunicação liderado pelo empresário Antônio Augusto do Amaral Carvalho Filho, o Tutinha, que foi quem o procurou para convidar para voltar à emissora. “Voltei para a Jovem Pan e acho que não deixa de ser, não um reconhecimento de um erro, mas um reconhecimento de que o cancelamento que foi feito contra mim foi absolutamente covarde e maluco”, afirmou.
“Claro que fiquei magoado, mas entendi a justificativa do Tutinha [pela demissão], você tem um tanto de marcas pedindo a cabeça de alguém por uma falsa acusação… Aí o cara que é empresário, que tem que pagar salário, manter uma estrutura, que depende dessas marcas para a sobrevivência, ele é obrigado pela pressão econômica a demitir a pessoa. É assim que opera o cancelamento”, disse Adrilles Jorge.
O ex-comentarista do programa Opinião disse que ficou indignado com o cancelamento, mas que entendeu sua demissão da Jovem Pan por conta da pressão dos anunciantes. “Não fiz discurso nenhum, eu dei um tchau e imediatamente publiquei um vídeo mostrando que dou tchau cinquenta mil vezes da mesma forma. A minha mágoa é que muita gente associou isso a um gesto nazista depois de ter feito um programa de meia hora em que falo contra o nazismo”, afirmou o jornalista, que é muito querido pelos colegas da Jovem Pan por sua educação e gentileza.
Após a repercussão, ele publicou um vídeo nas redes sociais dizendo que foi cancelado por um gesto interpretado de maneira equivocada. “Um tchau em que faço ao final do programa Opinião, ao que digo ‘tchau e até sempre’. A pauta era exatamente a questão do Monark, coisa que me coloquei radicalmente contra. Qualquer pessoa minimamente esclarecida e humanista é contra esse sistema opressor que matou seis milhões de judeus, o sistema genocida mais cruel, mais tirânico, mais absurdamente desumano da história”, disse ele na época da polêmica.