A tão esperada novela Pantanal estreia nesta segunda-feira (28) e contou com um esforço da produção da Globo para as gravações do folhetim. Foi necessário que a emissora visitasse a fazenda do cantor Almir Sater para que os produtores planejassem os locais de gravação. Para estudar o campo e planejar os próximos passos da trama, em 2020, o autor Bruno Luperi, o diretor artístico Rogério Gomes, o cenógrafo Alexandre Gomes e a gerente de produção Luciana Monteiro estiveram no Pantanal e se certificaram de que era viável e possível fazer a novela.
A experiência de Almir Sater foi essencial, pois na primeira versão da novela (1990), ele atuou como o peão Trindade e se apaixonou pelas terras. O amor foi tão intenso pelo local, que o cantor comprou um terreno. “Pantanal foi um divisor de águas na minha vida. Comecei a trabalhar muito, como nunca antes, ganhei meu dinheirinho e logo comprei essa terra aqui onde estamos. Insisti durante dez anos para que a antiga proprietária me vendesse, antes da novela. Quando fiz Pantanal ela aceitou. Mas precisei comprar os fundos da fazenda primeiro para ela me vender essa parte na beira do rio. Aí fui virando fazendeiro também”, relatou ele que atuará na nova versão como o chalaneiro Eugênio.
“Eu soube que iriam regravar [a novela] e achei bacana. De repente, estou em casa, eles chegam para nos visitar. Estavam escolhendo locações e aí vi que era sério. Eu falei: olha, o Jayme [Monjardim] andou seis meses procurando um local até que ele chegou aqui. Você partir daqui já parte de um lugar que foi bom. Eles foram visitar outros lugares, mas sentiram que era aqui. Apresentamos fazendas próximas, pessoas que poderiam receber a equipe e tudo deu certo”, contou.
150 pessoas estiveram envolvidas nas gravações de Pantanal e toda a área ao redor das fazendas serviram de suporte para a equipe com comida, hospedagens e apoio. O local escolhido para as gravações fica quatro horas da cidade mais próxima. “Foram 12 caminhões para contemplar todo o material de produção, produção de arte, cenografia, figurino, caracterização e tecnologia – estimamos algo em torno de 144 toneladas de material. Tivemos que fazer o transbordo para caminhões 4X4 a fim de levar para dentro do Pantanal. Para cada caminhão baú, usávamos em média três ou quatro caminhões 4X4”, contou Luciana Monteiro.