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Vale a pena esperar para assistir a Liga da Justiça de Zack Snyder?

Liga da Justiça ganhará nova versão nas mãos de Zack Snyder (foto: Divulgação)
Liga da Justiça ganhará nova versão nas mãos de Zack Snyder (foto: Divulgação)

A tão aguardada “versão de diretor” do filme Liga da Justiça chega no dia de publicação desta coluna ao HBO Max, mas, como sabemos bem, o serviço ainda não está disponível para o Brasil. O filme se tornou possível através de uma luta dos fãs por uma versão de Zack Snyder do longa após a controvérsia do diretor sair do projeto após travar uma guerra com o estúdio de produção, dando lugar a Joss Wheldon. Com o serviço chegando em junho aqui no Brasil, era bem provável que o hype esfriasse até lá, mas a Warner felizmente tratou de garantir que nós possamos ter acesso de formas legais ao longa de quatro horas.

Aqui ainda não trouxe uma opinião pessoal do filme, mas a crítica estrangeira já chegou com tudo na expectativa de que os erros da versão original do filme fossem mitigados e deixou o recado: Liga da Justiça de Zack Snyder finalmente vale a pena, principalmente pela revisão dos personagens (uma grande falha do filme original), mas ainda chovem críticas ao estilo sombrio característico dos filmes de Snyder. Os críticos foram bem equilibrados em dizer que o filme é realmente diferente do original (Variety), mas não adiciona muito mais para a felicidade do espectador (The New York Times), o que é preocupante em um filme que praticamente dobrou de tempo de duração em relação ao original. Logo que o filme estiver disponível, já pretendo ganhar meu tempo na expectativa de ver mais acertos do que erros, como em Batman v. Superman: A Origem da Justiça – Versão Definitiva, que também foi salvo depois do desastre da versão original e de seu roteiro baleado.

Uma das curiosidades é que o filme será lançado no formato 1,43:1 — aquele mais próximo do formato de televisões antigas de tubo — ao invés do tradicional 1,85:1, o widescreen. A mudança é causada pelo apreço de Snyder no formato oriundo do IMAX full-frame, referência ao formato de imagem diretamente ligado ao filme de 35mm (Super 35) comumente usado no passado:

Meu objetivo era de ter o filme inteiro rodado em uma imensa tela IMAX com formato gigante de 1,43:1.

Comparação entre formatos de tela IMAX e widescreen (foto: Divulgação/IMAX)

Voltando ao Brasil, o filme será disponibilizado em diversas plataformas on-demand, como a Apple TV, Google Play Filmes, PlayStation, Looke e até em serviços de TV por assinatura como o NOW da Claro e custará módicos R$ 49,90 — caro, mas comparável ao valor de um ingresso de cinema convencional em São Paulo. Nada muito exagerado como o Disney+ que trouxe Raya e o Último Dragão por R$ 69,90 através do Premier Access, seu programa para acesso antecipado a filmes que estrearão no catálogo posteriormente. É um valor exagerado que afasta o público, além de que, nesse caso, o valor tende mais ao de um ingresso para uma sala VIP, mesmo que o espectador esteja apenas no sofá de casa, sem nem sequer pipoca e refrigerante. Engana-se também quem pensa que o filme ficará disponível por muito tempo: a Warner foi bem clara ao definir que o Snyder Cut estará disponível apenas até o dia 7 de abril. Depois disso, só em junho com a chegada do HBO Max à América Latina, em regime de exclusividade; lá fora, o filme já é um “Max Original”.

Para quem não puder desembolsar e está economizando para a chegada do HBO Max, o serviço de streaming já terá a versão do filme em sua qualidade máxima 4K com HDR e Dolby Vision + Atmos na sua estreia, assim como nos lançamentos mais recentes, como Mulher-Maravilha 1984 e Tom e Jerry – O Filme, já comentados nesta coluna.

Caio Alexandre é entusiasta de cinema, exibição, animes e cultura pop em geral. Escreve desde 2008 sobre os mais variados assuntos, mas sempre assumiu a preferência pelo cinema e sua tecnologia embarcada. Não dispensa um filme com um balde de pipoca e refrigerante com o boss no fim de semana. No TV Pop, fala sobre tudo que é tendência no universo da cultura pop. Converse com ele pelo Twitter, em @CaioAlexandre, ou envie um e-mail para [email protected]. Leia aqui o histórico do colunista no site.

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