A Globo deverá concluir nas próximas semanas o processo de venda de seu braço fonográfico. A Som Livre, empresa que opera desde no Brasil desde 1969, deverá passar para as mãos da francesa Believe em uma transação estimada entre US$ 250 milhões e US$ 300 milhões — em conversão para a moeda brasileira, o Grupo Globo deverá faturar cerca de R$ 1,7 bilhão com a comercialização de sua gravadora. As informações foram publicadas em primeira mão pelo portal Music Business Worldwide, especializado na cobertura da indústria musical.
De acordo com a publicação, outras gigantes estão interessadas em adquirir a Som Livre. As negociações com a Believe, no entanto, tem fluído bem para ambas as partes e a francesa realmente deverá vencer a disputa pela gravadora, que ocupa a terceira colocação do mercado fonográfico brasileiro, atrás da Sony Music e da Universal Music, mas bem a frente da Warner Music.
O Grupo Globo anunciou em dezembro de 2020 que iria se desfazer da Som Livre. De acordo com um comunicado enviado por Jorge Nóbrega, presidente da companhia, o atual momento do mercado foi propício para que a empresa decidisse mudar o seu modelo de negócios musical.
“A música continua muito importante no portfólio da Globo, mas acreditamos que é um bom momento para sairmos do negócio tradicional de gravadora e nos concentrarmos na estratégia D2C”, afirmou o executivo. A estratégia citada é a sigla de direto para o consumidor, um modelo no qual a empresa controla todas as fases dos processos de produção, distribuição e exibição.