Intérprete do taxista Caetano em Mulheres Apaixonadas (2003), o ator Paulo Coronato pediu na Justiça acesso aos documentos da Globo referentes às reprises das obras em que ele trabalhou na emissora. O artista alega que tomou conhecimento pela internet de que a empresa vem reprisando os trabalhos sem efetuar o pagamento aos atores ou o fazendo de forma incorreta, inclusive com vendas internacionais não repassadas.
De acordo com informações do UOL, Coronato diz que solicitou à Globo um relatório de todas as exibições dos trabalhos na emissora, inclusive pela internet, bem como todas as formas de remuneração, mas não foi atendido pela rede carioca. Por isso, decidiu ingressar com a ação judicial para produção antecipada de provas. No canal, ele também integrou o elenco de obras como O Rei do Gado (1996), Vila Madalena (1999), Esperança (2002), Beleza Pura (2008), Força Tarefa (2009) e Aruanas (2019).
Em sua defesa, a Globo afirmou que a eventual pretensão principal de cobrança de verbas estaria sujeita ao prazo de 5 anos e apresentou no processo as reprises, exibições e comercializações anteriores à ação. A empresa também apresentou o relatório de exibições nacionais e internacionais das obras em que o ator trabalhou, relações de valores pagos a ele ou contratos relacionados. Paulo Coronato tentou pedir ainda acordos da Globo com terceiros, mas a solicitação foi negada pela Justiça.
Ainda segundo a publicação, a Globo apontou que com os documentos em mãos, o artista pode decidir se vai ingressar com processo cobrando valores aos quais julgue ter direito. “Eventual análise de qualquer deliberação sobre a existência ou não de saldo a pagar será objeto de ação própria”. A juíza Beatriz Cabezas, que analisou o caso, afirmou que não se pode exigir que a líder de audiência apresente documentos assinados com terceiros, e sim apenas com o ator, o que foi anexado pela Globo no processo. Com isso, a meritíssima deu como encerrado o processo.