Finalmente estreou a segunda série com o selo da Marvel Studios no Disney+. Falcão e o Soldado Invernal é a nova aposta da gigante do entretenimento para dar prosseguimento ao seu calendário de sucesso, iniciado com os filmes do mesmo estúdio. Com Anthony Mackie e Sebastian Stan como protagonistas, o seriado continua as histórias já contadas na trilogia Capitão América e também serve como um desfecho para Vingadores: Ultimato.
Na trama, temos Sam tentando voltar a sua vida, entre missões no exército e na organização das relações com sua família após o Blip, evento onde pessoas foram apagadas da existência por cinco anos (mostrado entre Vingadores: Guerra Infinita e Vingadores: Ultimato). Já Bucky, após ser perdoado pelas suas ações como Soldado Invernal sem ter consciência do que estava fazendo, tenta corrigir os erros do passado.
Os dois se cruzam com um grupo anarquista que levam a Barão Zemo, vilão de Capitão América: Guerra Cívil. Zemo foi o responsável pelo embate entre os Vingadores em 2016. Além disso, há toda uma questão envolta do manto do Capitão América.
Em uma das últimas cenas de Vingadores: Ultimato, vemos Steve entregando seu escudo de Capitão a Sam, para que ele se torne o novo Capitão América. Com o peso do título e a conhecida biografia de Steve Rogers, ele decide não assumir o manto, nos apresentando a um novo personagem: O Agente Americano, em uma tentativa do governo americano de manter o símbolo do Capitão América ativo.
Logo na primeira cena, percebemos que a série difere totalmente de sua precursora, WandaVision, sendo até difícil fazer alguma comparação. Enquanto a primeira produção do streaming tem uma estrutura misteriosa, deixando o espectador sem saber o que ocorrerá, e é uma homenagem aos seriados sitcoms, o Falcão logo de início tem uma cena de ação com grandes explosões, marca registada da filmografia do Universo Cinematográfico da Marvel. Talvez isso também explique a diferença na quantidade de episódios, com ela tendo seis episódios, contra nove da anterior.
Não é como se não tivesse alguma trama misteriosa e tudo estivesse desvendado logo no primeiro episódio, mas enquanto numa só fomos descobrir quem eram os vilões e todos os mistérios praticamente em seu penúltimo episódio, a segunda tem clima mais parecido com Capitão América: Soldado Invernal, em um tom de espionagem.
A direção é um colírio aos olhos. O orçamento da série chega aos níveis de blockbusters do cinema, garantindo visuais e cenários cinematográficos. É como assistir um filme a cada semana. A diretora, Kari Skogland, tem na série um de seus maiores projetos, mas já dirigiu um episódio de O Justiceiro, seriado da Netflix com a participação de personagens da Marvel.
No primeiro episódio de Falcão e o Soldado Invernal, os dois protagonistas que dão nome a série ainda não se cruzaram, mas é algo que espero que aconteça logo. A promessa é uma interação da dupla no estilo “tira bom, tira mau” e piadas entre ambos. A clássica fórmula já presente em filmes como Bad Boys tende a agradar a todos, já que a nova série já estreou com um número recorde de visualizações para o Disney+.
Mateus Ribeiro é engenheiro por formação, e nas horas vagas se diverte maratonando séries e assistindo programas de origem duvidosa da televisão brasileira. No TV Pop, escreve semanalmente sobre as séries produzidas pela indústria norte-americana. Converse com ele pelo Twitter @omateusribeiro. Leia aqui o histórico do colunista no site.