BIANKA CARVALHO

Repórter da Globo se emociona ao falar de vítimas de tragédia em Pernambuco

Imagem com foto da repórter Bianka Carvalho
Bianka Carvalho se emocionou ao falar sobre as vítimas das chuvas em Pernambuco (foto: Reprodução/Globo)

Repórter da Globo Recife, Bianka Carvalho se emocionou ao entrar ao vivo de Jaboatão dos Guararapes (PE), no Conexão GloboNews, para mostrar a situação na cidade depois das fortes chuvas que atingiram Pernambuco. “Chega dá uma tristeza de vocês ver a quantidade de saco de feijão, arroz, tudo perdido. As coisas que eles não vão poder recuperar e a sensação que eles têm de abandono, de descaso”, disse a profissional ao passar por uma rua cheia de lama e com móveis nos canteiros.

A repórter da líder de audiência se segurou para não chorar ao falar com um homem que explicava o abandono que ele sentiu dos órgãos públicos e que tentou salvar um vizinho, que acabou morrendo. Ele começa a conversa com a voz embargada, quando a jornalista pede para ele não se preocupar em chorar. “Não se aperreie de ficar emocionado. Não se aperreie não. A gente chora, chora porque dói. Não se aperreie com isso não, é normal sentir isso”, disse Bianka.

“Até o presente momento ninguém fez nada pela gente. Eu sinto, me desculpe, mas eu sei o que estou passando. Quando dói nos outros é ruim, mas tá doendo em mim”, disse o senhor identificado como Antônio. “Eu sei meu querido, eu sei”, responde novamente a repórter da Globo Recife. Em outro trecho da participação ao vivo na GloboNews, Bianka citou as mortes que foram subindo conforme as atualizações oficiais. A tragédia provocada pelas chuvas deixou 128 mortos em Pernambuco, a maioria deles em deslizamentos de barreiras no Grande Recife.

Ao UOL, a profissional da Globo falou sobre a dificuldade de conter a emoção durante coberturas de tragédias como a que aconteceu em Pernambuco. “Sem dúvida me contive para não chorar. Aliás, esse exercício de tentar me conter eu fiz o dia inteiro. É muito difícil, porque é uma mistura de dor, de sofrimento, de revolta. Muita revolta. A gente olha e não aceita, porque não se pode. E aí eu me comovo. Foi difícil, foi bem difícil segurar [o choro]. Mas não dá só para lamentar. A gente tem que cobrar. E cobrar, e cobrar, e cobrar…”, finalizou Bianka Carvalho.

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