Âncora da Record em Belo Horizonte, o jornalista Eduardo Costa foi afastado da apresentação do telejornal MG no Ar após revelar que foi convidado para se candidatar ao cargo de vice-governador de Minas Gerais na chapa com Romeu Zema (Novo) nas eleições de outubro. A direção da emissora tomou a decisão após o profissional se dizer disposto a aceitar o convite.
De acordo com informações do jornal O Tempo, Costa não teria avisado a seus chefes imediatos sobre a intenção de se candidatar como vice de Zema no pleito deste ano, o que desagradou a direção da Record de Minas Gerais. O anúncio do apresentador foi feito através de um vídeo publicado em suas redes sociais após o jornal revelar o convite por parte da cúpula do Novo.
Agora, o futuro de Eduardo Costa está nas mãos da cúpula do PSDB mineiro. O jornalista é filiado ao Cidadania, legenda que se juntou aos tucanos em uma federação partidária. De acordo com o jornal Estado de Minas, apesar dos acenos da equipe de Zema a Costa, o PSDB reafirma ter pré-candidato próprio ao governo de Minas, o ex-deputado federal Marcus Pestana.
Em seu perfil nas redes sociais, o âncora do MG no Ar confirmou que foi convidado para sair candidato a vice de Zema, mas que ainda não havia tomado a decisão. “Esse é um recado especial para você que é um dos quase 80 mil amigos que eu tenho no Instagram. O que está no jornal é verdade, fui convidado para ser candidato a vice-governador na chapa do governador Romeu Zema”, iniciou ele.
“Foi só um convite, que demanda uma série de conversas políticas e entendimentos para ver se vai ou não. Em princípio, eu disse que vou pensar, pensar muito. Pegar com Deus e avaliar. Sei que muitos dos senhores vão dizer: ‘Mas você sempre disse que não queria mexer com política’. É fato, eu não quero fazer carreira na política, e nem tenho idade para isso”, continuou.
“’Ah, mas você fez tantas críticas a políticos’. Fato. Eu já estou para um time da minha carreira de jornalista. Isso já havia sido pensado para daqui a um ou dois anos. Eu sou um homem que tem 45 anos só de jornalismo, fora os outros 14/15 anos que trabalhei fora do jornalismo. Se estou com saúde, estou parando com o jornalismo e tenho chance de ajudar o cidadão, que na minha opinião está consertando o estado, estou propenso sim a topar o desafio”, finalizou o apresentador da Record.