Phelipe Siani contou em entrevista para o PodPah que já passou por maus bocados na carreira jornalística. O comunicador relembrou quando trabalhava no SBT e fez um documentário na Mongólia com Beto Nóbrega. No local, ele relatou que precisou cumprir as tradições locais e comeu o cérebro de um bode abatido. “Eu entrei muito em choque”, afirmou ele.
“Eu gosto muito de bicho, e aí eu estava em uma tribo, uma galera apresentando para gente as barracas, o que os caras tomavam, comiam. Eles têm rebanhos de bichos e colou um bodinho ao meu lado, coisa mais linda, parecia um cachorro. E aí um mongol virou e olhou para mim com o bodinho e começou a dar risada. Eu virei as costas e ele tirou uma faca do bolso, puxou uma bacia de metal e meteu a faca no pescoço do bode. Meu olho encheu de lágrima e falei: ‘mano por que você está fazendo isso?’. Só que ele entendeu que eu queria comer o bode”, relatou.
O jornalista afirmou que por ser uma cultura local, é preciso entrar na cultura do povo. “Entrei muito em choque, o intérprete virou para mim e falou: ‘mano, não faz nada, não fala nada, essa é a maior honra que você poderia ter, porque esse cara é pobre, ele tem muito pouco recurso, e está matando um bicho do rebanho dele para você, esse cara te amou’. Fiquei muito mal, zoado e tive que comer o bode, ele matou, assaram, é a cultura local, e a gente como jornalista tem que se colocar no seu lugar”, pontuou.
“O cara me entregou a cabeça do bode, abriu o cocuruto, deu uma mãozada no cérebro do bode, e passou aquela pasta de cérebro na minha mão: ‘come, é bom’. E o intérprete: ‘come porque é uma das partes mais nobres o cérebro’. E eu comi, pensando, mano, estou comendo o cérebro do bodinho”, detalhou Phelipe Siani.