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NARRADORA DA GLOBO

Renata Silveira fala de machismo na carreira: “Nunca me intimidei”

Foto de Renata Silveira
Renata Silveira relembrou o início da carreira (foto: Reprodução/Globo)

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A narradora Renata Silveira relatou que o início da carreira não foi fácil. A comunicadora contou que sofreu machismo durante toda a trajetória dela pela falta de exemplos de mulheres como narradoras, mas que isso nunca fez com que ela se intimidasse. “Nada disso me impediu de acreditar que ali seria meu lugar”, pontuou ela.

“Enquanto público, nós não estamos preparados para assistir, ouvir, admirar e consumir conteúdos produzidos por mulheres. Mas é claro que, quando falamos sobre futebol, a situação se agrava. Até meados de 1940, nós éramos proibidas de jogar, de assistir e até de comentar sobre o esporte. Desaceleraram nossos passos e, por isso, estamos chegando tão tardiamente”, descreveu a contratada da Globo para a revista 29 horas.

Apesar de ser um processo mais demorado, a comunicadora afirmou que não deixou se intimidar. “Nunca me intimidei [com o machismo]. Nada disso me impediu de acreditar que ali seria meu lugar. Em realidade, esse é um traço cultural que ultrapassa o esporte. Nossa sociedade foi estruturada sobre bases machistas”, disse a narradora.

“Eu me sinto honrada pelo título de ‘pioneira’, mas eu nunca quis que fosse assim. É triste pensar que demorou tanto para estarmos aqui. Meu mais sincero desejo era que eu fosse apenas mais uma entre tantas mulheres que já tivessem conseguido alcançar esse espaço. Mas, enquanto ainda engatinhamos, creio que seja um marco crucial para desestruturar estigmas e preconceitos no esporte”, relatou Renata Silveira que foi anunciada como a primeira narradora para os jogos do Campeonato Brasileiro.

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