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ROBERTO ARAÚJO

Chefão da Jovem Pan nega que a empresa de mídia seja bolsonarista

Imagem com foto de Roberto Araújo, CEO do Grupo Jovem Pan
Roberto Araújo, CEO da Jovem Pan, nega que a emissora seja bolsonarista (foto: Reprodução)

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Roberto Araújo, CEO do Grupo Jovem Pan, voltou a rechaçar a ideia de que a empresa de mídia seja um veículo de propaganda do governo do presidente Jair Bolsonaro (PL). Em entrevista ao colunista Guilherme Ravache, do Notícias da TV, o executivo afirma que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) “será muito recebido”, caso queira ser sabatinado pelo canal na cobertura das eleições 2022. O candidato do Partido dos Trabalhadores é líder nas pesquisas de intenções de voto para presidente da república.

“O que a Jovem Pan faz é abrir o microfone e as câmeras. Se o Lula quiser vir aqui dar duas horas de entrevista, será muito bem recebido. Prezamos muito o relacionamento com a nossa audiência. Não é agora que vamos quebrar um legado de 80 anos”, disse o executivo em conversa com a publicação. Araújo garantiu que o conteúdo da Jovem Pan é independente de qualquer governo. “Já fomos tachados de ser de um lado ou de outro e arrumamos vários problemas por isso, inclusive durante o governo Bolsonaro. Já disseram que defendíamos o (João) Doria. No Fla x Flu que vive a rede social atualmente, de que não existe consenso e ninguém ouve ninguém, a Jovem Pan, por deixar os microfones e as câmeras abertos, é tachada de qualquer coisa”, afirmou.

“Existe um programa que pode não trazer diferenças de opinião, lançado lá em 2014, o Pingo nos Is com o Reinaldo Azevedo e tivemos outros apresentadores. A linha editorial é de quem comanda o programa. Esse é um programa que “nunca teve contraditório”. A gente não quer impor nossa opinião para ninguém, queremos que a nossa audiência ouça opiniões distintas e decida o que ela quiser e o que ela acha melhor pra ela. Aí começam essas conspirações sobre os clientes da casa, muitos são permuta, outros estão aqui há 10 anos. A gente não tem lado. A área editorial é absolutamente separada da área comercial”, continuou.

“Nosso jornalismo cria engajamento. Fazemos hardnews, mas sabemos que o que dá audiência, principalmente, é a gente colocar juntas opiniões diferentes, e isso mostrou um aumento de mais de 190% em compartilhamentos. Isso é um pouco do sucesso que é o Grupo Jovem Pan”, argumentou o CEO do grupo de mídia comandado pelo empresário Antônio Augusto Amaral de Carvalho Filho, o Tutinha. O chefão do conglomerado também disse que não tem medo dos anunciantes fugirem em caso de a emissora ser associada ao presidente Bolsonaro: “Queremos dar a melhor performance para os nossos clientes, sejam eles quem forem. Eu quero vender minha audiência para eles e como a gente deixa a opinião na boca do comentarista, não é a opinião do grupo. Se o comentarista falou, vai lá conversar com ele.”

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