Marcos Palmeira contou em entrevista ao Conversa com Bial como foi fazer o remake da novela Pantanal. O ator, que estava na primeira versão como Tadeu, relatou que precisou trabalhar em sua mente que as coisas haviam mudado e que iria atuar como Zé Leôncio. “Eu comecei a ler o texto e eu só li como Tadeu, o meu José Leôncio tinha 20 anos de idade”, confessou.
“Eu falei ‘calma, não é mais o Tadeu’. Agora é um homem de 50 anos anos, um homem maduro… Foi quase uma psicanálise para mim, um tratamento. Porque a gente se sente sempre jovem“, afirmou. “Quando eu soube da novela [versão atual], fiquei enlouquecido. Me coloquei à disposição para qualquer coisa, eu vou junto, eu vou só para ser mais um da equipe”, brincou o artista.
Segundo o ator, após comunicarem ele da possibilidade do remake da novela, não disseram qual seria o papel. “Ninguém me falou nada, fiquei um ano segurando sem falar com ninguém e na torcida. Eu realmente ganhei esse presente de poder fazer o Zé Leôncio trinta anos depois. É quase fechar um ciclo e abrir outro”, declarou Marcos Palmeira. “A novela é um clássico porque fala de sentimentos humanos, da relação da família, das dificuldades. Não existe um herói, todos são humanos, repensam sobre aquilo que podem fazer”, disse.
Ao falar sobre a versão original de 1990, o artista afirmou que fez muitos amigos. “Tinha essa grande lembrança da gente poder fazer a novela, de estar todo mundo concentrado em um lugar só. A equipe toda, técnicos, elenco, direção, produção… Todos no mesmo lugar. Isso deu um espírito para novela muito forte. Ao mesmo tempo, na nossa versão, mesmo não estando assim, eu tenho a mesma sensação”, declarou.