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Após agressões psicológicas e racismo, patrocinadores cobram Globo por mudanças nas regras do Big Brother Brasil

Tiago Leifert na sala do Big Brother Brasil; patrocinadores cobram mudanças nas regras (foto: Globo/João Cotta)
Tiago Leifert na sala do Big Brother Brasil; patrocinadores cobram mudanças nas regras (foto: Globo/João Cotta)

A Globo está preocupada com as situações de agressões psicológicas, racismo, machismo e homofobia no Big Brother Brasil e prepara mudanças nas regras para 2022. Na edição desta terça-feira (6) do reality show, Tiago Leifert deu uma aula de racismo para o participante Rodolffo Matthaus. No fim de semana e na segunda-feira (5) ao vivo, ele comparou o cabelo do colega de confinamento João Luiz com uma peruca de homem das cavernas usada no castigo do monstro. O sertanejo será investigado pela polícia do Rio de Janeiro pelos comentários no programa.

De acordo com o colunista Maurício Stycer, do UOL, além da emissora, os patrocinadores do Big Brother Brasil também estão preocupados com o que acontece dentro da casa mais vigiada do país. Em encontro promovido pela agência Wunderman Thompson, representantes da Avon e Coca-Cola, duas marcas que estão presentes nesta temporada, fizeram um balanço positivo desta edição e manifestaram a expectativa de que a Globo faça mudanças em algumas de suas regras para o BBB22, incluindo punição para quem cometer “agressão psicológica”.

Danielle Bibas, vice-presidente de marketing da Avon, afirmou que a desistência de Lucas Penteado, logo no início do BBB21, motivou uma série de conversas com a Globo em razão do “terror psicológico” dentro da atração. “Uma das conversas que a gente teve é que faz parte do regulamento do BBB que, se uma pessoa agredir a outra, a direção do programa tem o direito de eventualmente expulsar esse participante. Agressão física. O tema que foi levantado é: até que ponto vai a agressão psicológica, que pode se tornar tão ruim ou pior que uma pessoa dar um tabefe na cara do outro”, disse Danielle.

“Existe uma discussão aí sobre quais são as regras nessa área – que é o assédio moral, o assédio psicológico, o racismo, a verbalização do racismo. O que pode e o que não pode? É delicado, é difícil, não é fácil. Tem muita gente cobrando a Globo e os patrocinadores sobre o que vai ser feito nesse caso. E eu acho que todos nós estamos aí para aprender e evoluir como o programa vai trazer essas discussões à tona de uma maneira saudável, que não vá gerar nenhum perigo para ninguém”, acrescentou a executiva a Avon.

Poliana Sousa, líder da Coca-Cola na América Latina, manifestou posição semelhante: “A sociedade não tolera mais. E o palco de um programa desses, com alta visibilidade, alta exposição, também é palco para estas discussões. E realmente, todos estamos aprendendo. Acho que a Globo vai aprender e as coisas vão evoluindo com o tempo”. Poliana também espera mudanças nas regras do Big Brother Brasil. “A gente é contra qualquer tipo de discriminação e a gente vai estar junto com a Globo nesses aprendizados e entender como precisa evoluir, que é o ponto da Dani. É importante o debate. E como isso pode gerar um aprendizado e uma reflexão em todos nós, o que é legal e o que não é legal”, disse.

“Eu acho que vai ter uma conversa. É impossível essa conversa não chegar à tona de quais são as regras e até onde vai o assédio psicológico dado o que aconteceu este ano. Acho normal que isso seja debatido e discutido dentro do programa e dentro da emissora”, disse Danielle sobre o mesmo ponto levantado por Poliana.

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