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CRISE FINANCEIRA

Band cancela jornal de filho de Datena e vende manhãs para R.R. Soares

Foto do apresentador Joel Datena, do Bora SP, da Band
Joel Datena no estúdio do Bora SP: telejornal foi cancelado (foto: Reprodução/Band)

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A Band promoverá uma grande mudança em sua programação matinal a partir de agosto: em uma movimentação para amenizar a crise financeira da emissora, provocada pelos resultados fracos da atração diária de Faustão, o canal voltará a vender parte de sua grade para a exibição de formatos religiosos da Igreja da Graça. Oito meses depois de deixar a rede, R.R. Soares voltará a contar com um horário fixo de segunda a sábado, dessa vez entre 6h e 8h da manhã. Para isso, o telejornal Bora SP deixará de existir poucos dias antes de completar três anos no ar.

O retorno de R.R. Soares foi noticiado em primeira mão pelos jornalistas Daniel Castro e Gabriel Vaquer, do site Notícias da TV, e confirmado pela Band. A reportagem diz que o canal e a Igreja da Graça estavam em negociações há dois meses e chegaram a discutir até mesmo o arrendamento da programação da Rede 21, que inicialmente continuará nas mãos da Universal. Nos bastidores, a venda de parte da programação matinal é vista como uma medida emergencial para evitar demissões e mudanças em horários considerados mais competitivos pelos executivos da emissora.

Com a volta do Show da Fé e dos demais religiosos da Igreja Universal, Joel Datena perderá boa parte de sua visibilidade no canal. O Bora Brasil, que também é comandado por ele, permanecerá no ar em duas edições diárias, mas passará por mudanças: a primeira delas, das 8h às 9h05, deixará de ser exibida em rede nacional para que as afiliadas da emissora possam produzir conteúdos regionais ou até mesmo arrendarem a faixa para terceiros — atualmente, apenas Paraná e Amazonas não exibem o noticioso. A segunda edição, das 10h35 às 11h, será a única em cadeia nacional.

A volta de R.R. Soares para a programação da Band já era vista como uma questão de tempo há meses. Ainda em janeiro, no primeiro dia após a saída do religioso das noites, a emissora chegou a transmitir um institucional afirmando que o Show da Fé apenas deixaria a programação de maneira temporária. O líder da Igreja da Graça esteve no horário nobre da rede durante 18 anos e, com fama de bom pagador, era uma das principais fontes de renda da empresa. Ele gerava cerca de R$ 15 milhões mensais aos cofres da companhia, que esperava repetir o feito com Faustão.

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