Libertada pela Globo, Fátima Bernardes esteve no Roda Viva e revelou não sentir falta do hard news, muito menos da cobertura jornalística. Questionada por Vera Magalhães se vê diferença no atual cenário político, bem diferente de quando apresentava o Jornal Nacional, Fátima afirma que sim, além de comentar que tem “compaixão” dos colegas repórteres. “É um momento muito diferente [comparado com antigamente], não é? Isso faz com que eu não tenha saudade dessa vivência diária”, pontuou ela.
“Tenho muita compaixão com meus colegas do Jornal Nacional, por todos os repórteres, por todas as pessoas que estão nas ruas. É uma atividade muito necessária, mais necessária do que em qualquer outro momento, e não está fácil”, diz. Fátima ainda opinou sobre a forma como as informações falsas são compartilhadas por meio das redes sociais. “A gente explicou pouco o que a gente faz e como faz. As pessoas recebem uma notícia da filha por um aplicativo e acham que aquilo é informação”, lamentou a apresentadora.
“Por mais boa vontade que aquela filha tenha em repassar aquela mensagem, aquilo não é informação. Quanto tempo demorou para ter agências de checagem de notícia e fake news?”, disse ela. A nova titular do The Voice ainda afirma que a TV aberta é o meio democrático que existe. “Nesse momento, ainda é o meio mais democrático que existe. Com uma população que empobrece a cada momento, com a miséria batendo na porta de todo mundo, eu acho que ela [TV aberta] tem ainda um papel muito formador de conexão das pessoas com o mundo que às vezes elas não teriam a oportunidade de conhecer”, desabafou a comunicadora.
“Aqui no Brasil ainda vejo uma vitalidade muito grande da TV aberta. Porém, cada vez mais, os programas ao vivo serão os programas com mais espaço. A gente sabe que a Internet é uma concorrente imensa. Lá, as pessoas tem a informação na palma da mão, então você estar ao vivo te traz a possibilidade de falar e refletir sobre o que está sendo mostrado”, completou.